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Mostrando postagens de novembro, 2011

desimportância

As vezes quando as coisas dao errado parece que o relógio para e eu fico flutuando num vazio sem sentido desejando apenas cair infinitamente e ser esquecido definitivamente... Nesses momentos sou eu mesmo, infeliz e solitário. Nesses momentos sei o que sou e reconheço a minha desimportancia.

SOBRE POLÍTICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS

Há fatos que justificam a política pública de ações afirmativas e política de cotas para negros nas universidades. Dentre os inúmeros fatos estão: a herança rural, a manutenção de privilégios de classe, o investimento tardio na educação (de responsabilidade das elites nacionais, as mesmas que se opõe às políticas afirmativas hoje), bem como o desigual acesso à estrutura de oportunidades, os quais são os elementos estruturantes de um cenário de extrema desigualdade que caracterizou por décadas a sociedade brasileira e que começou a mudar de fato a partir da luta pela redemocratização do país, da abertura política e especialmente da Assembléia Constituinte que teve inicio em 1986 e que terminou em 1.988. E na última década e meia o debate sobre formas mais efetivas de implantação de políticas sociais com vistas a minimizar um quadro considerado por todos inaceitável para um país rico como o Brasil tomou corpo, nesse novo cenário as políticas afirmativas foram se consolidando como resu

bilhete para Celinha e para nossos filhos

Quando eu desistir de tudo ou quando eu morrer talvez ninguém note mas eu saberei que tentei... Quando eu desistir de tudo e seguir caminhando em direção ao horizonte ou saltar em busca do nada saibam que fui ridículo saibam que pequei saibam que trai saibam que me envergonho dos meus erros mas me orgulho de ter amado e sonhado me orgulho dos frutos que colhi plantados com paixão e desejo e se num lampejo divino eu for perdoado creiam é por vocês e para vocês que eu viveria e morreria outra vez...

refeudalização da esfera pública

É possível afirmar que o neoliberalismo, tendo como principais jogadores das grandes empresas, vem pautando a ação do Estado no setor privado, a favor da economia de mercado? Para Jürgen Habermas a resposta é afirmativa, ou era no conjunto de sua obra de inicio dos anos 60 até os anos 80 do século XX. Mas o que isso significa? Bem, segundo Habermas na Grécia antiga, nas cidades-estado, a esfera da polis, espaço que era compartilhado por todos os cidadãos livres, estava bem distante da esfera privada – oikos. Contudo, para participar da vida pública na polis o cidadão tinha que ter autonomia na sua vida privada, o que na prática excluía da participação, da argumentação e do processo deliberativo todos que não tinham bens, as mulheres e os escravos. Mas os cidadãos livres centravam os debates em questões de interesse coletivo. Na idade média houve verdadeira junção entre as esferas pública e privada na figura do senhor feudal. A autoridade do senhor feudal representava ao mesmo

a legitimação do estado democrático de direito

“Em todo ordenamento o ponto de referência último de todas as normas é o poder originário, ou seja, o poder além do qual não existe outro em que se possa fundar o ordenamento jurídico” (BOBBIO, Teoria Geral do Direito, 2010, p. 204-205). Os fascistas de plantão querem acabar com o Estado de Direito, com o Devido Processo Legal, e com vários direitos civis e humanos que foram reconquistadas pelos verdadeiros brasileiros, o povo. Basta uma simples denuncia, uma investigação ou um processo sem provas tramitando no nosso judiciário ou nos escaninhos quase secretos do ministério público para macular vidas e histórias, para serem criados dramas individuais cujo dano, em não se comprovando a denuncia, é irreparável. Será que só eu estou vendo isso? Estarei em estado de ilusão? Não sei... Mas acredito que nenhuma lei não pode acabar com garantias civis e humanas garantidas constitucionalmente. Contudo, o que vemos todos os dias é uma campanha midiática sem precedentes tentando fazer crer

ainda sobre a tal corrupção...

Os movimentos de critica e de combate à corrupção são necessários e estão se tornando comuns. O movimento ainda é tímido e, em minha opinião, não tem tratado a esse fenômeno a partir da sua origem e das suas causas estruturais. É evidente que o político corrupto e o empresário corruptor têm de ser investigados, processados e condenados, mas limitar o combate à corrupção aos seus efeitos mais visíveis é equivoco, pois impede a reflexão sobre as causas, sobre a origem desse fenômeno que se não está maior que antes está mais visível em razão da midiatização necessária de fatos que causam indignação a todos nós. Mas a corrupção tem sido encarada e enfrentada num mundo de economia de mercado como se fosse apenas de “ desvio de condutas individuais”, como nos alerta o Dr. Jose Henrique Rodrigues Torres, Juiz de Direito e Presidente de entidade nacional que defende a democracia e os direitos humanos numa bela entrevista recentemente. E por essa lógica bastaria ao combate da corrupção uma

Olhar de menina

É possível ver a alma das pessoas ela, invisível, respira e transpira seus desejos secretos transborda indiscreta em luzes brilhantes indisfarçaveis no olhar de menina nos óculos mágicos ou no "nao" nada convincente a alma é assim leal e livre

semeadura do adeus

Colher a solidão e a indiferença   revela que a semeadura não foi boa... Sentir-se abandonado tendo ao lado uma multidão em silencio olhares perdidos corações partidos e lagrimas contidas exige coragem e dizer: adeus!

no ônibus azul

Adeus sonhos vencido venci o medo e bem cedo sai sem rumo pro sul em um ônibus azul passagem de ida apenas antes talvez passe em Alfenas pra colher jabuticabas e vender da feira Depois, anônimo e aos prantos, de volta ao azul do sul pra seguir o caminho   tentar driblar o abismo da solidão