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Mostrando postagens de julho, 2012

JULGAMENTO OU ESPETÁCULO MIDIÁTICO?

O inicio do julgamento espetáculo tem inicio em agosto. Não é apenas um julgamento técnico-político, é um espetáculo midiático , um reality show onde os setores conservadores não esperam um julgamento correto, mas um linchamento. É verdade que a corrupção é reconhecidamente um dos maiores desafios das sociedades contemporâneas, mas ao contrario do que podemos imaginar não está presente apenas nos governos, mas nas ações dos cidadãos comuns, das entidades públicas e privadas. Por isso todas as ações politicias e do Ministério Público merecem apoio e aplausos naquilo que é positivo e naquilo que nos lembra a  Operação Mãos Limpas . Contudo, lembram também, em certa medida, ao  macartismo (em se verificando que há uma certa seletividade das operações, como se comenta em alguns meios) e a  santa inquisição também. O que o ex-ministro Zé Dirceu vem passando desde 2005 l embra a  Santa Inquisição . Isso mesmo, pois assemelha-se àquela medonha e vergonhosa corte religiosa, que

A pesada ausência de Robert Kurz

Marxista antidogmático, ele seguiu (mas ultrapassou) Escola de Frankfurt. Viu na queda da União Soviética sinal da crise do capitalismo Por  Arlindenor Pedro* Foi enterrado nesta quinta-feira (26/7), em Nuremberg (Alemanha), o filósofo alemão Robert Kurz, morto dia 18, vítima de uma sequência de operações. A notícia de sua morte foi anunciada, de forma lacônica, nas paginas da revista  Exit! [versão parcial em português  aqui ], que ele ajudou a fundar em 2004, após a cisão do grupo Krisis onde atuou desde 1986, exercendo importante papel, como editor e publicista. Seu enterro foi marcado para o cemitério daquela cidade, para ser realizado em 26 de julho. No convite, a direção de  Exit!  fez questão de sugerir que seus amigos não gastassem dinheiro com flores e coroas, guardando seus recursos para eventuais ajudas à revista, que foi a trincheira política desse importante pensador do mundo contemporâneo. leia mais:  http://www.outraspalavras.net/2012/07/26/a-pesada-ausenc

ONDE ESTÁ A DIRETA NO BRASIL?

Nos final dos anos 80 e durante os anos 90 alguns amigos e eu usávamos um argumento provocativo e retórico nas discussões mais acaloradas. Dizíamos: “Campinas não precisa de PDS porque o PSDB representa muito bem a Direita na cidade” (para quem não se lembra “PDS” foi a sigla que a ARENA, partido que apoiava a ditadura,   passou a usar a partir das eleições de 1982). É inegável que muita gente boa, socialdemocratas de verdade abraçaram o projeto do PSDB em 1988, mas o partido inegavelmente perdeu o rumo e, como afirma o economista e advogado Luiz Carlos Bresser-Pereira a Direita no Brasil é representada pelo PSDB (Bresser foi ministro da Fazenda de Sarney e que ocupou três ministérios nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso - Administração, Reforma do Estado e Ciência e Tecnologia). Meu querido amigo e brilhante advogado Paulo Pellegrino me perguntaria: “mas o que é direita?”, e completará: “Isso tem algum significado após a queda do muro de Berlin e da vitória da de

SIM, NÓS PODEMOS!

“O brasileiro é um  narciso  às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima ”. Recebemos alguns amigos em casa recentemente e um dos assuntos tratados foi a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Lá pelas tantas um deles afirmou que será “um erro realizar uma Copa do Mundo e Olimpíadas nesse país”. Chegou a afirmar: “ vamos passar vergonha”. Não concordo com essa visão, acho uma visão provinciana, própria da elite colonizada. Acredito que a elite (e aqueles que flertam com ela ou é pautado pela sua lógica) tem certo prazer em manter a auto-estima nacional bem baixa. Mas não há nenhuma razão para mantermos ou alimentarmos esse tipo de sentimento ou replicarmos essa falsa certeza da nossa inferioridade. Afinal há cinquenta ou há cem anos nossa auto-estima era menor do que hoje; há duzentos anos, nem nos imaginávamos como nação; há 23 anos nem elegíamos nosso presidente, nem éramos uma dem

A jabuticaba, o salário do vereador e o General Geisel

181 países fazem parte da ONU.  Em um só se paga salário a vereadores ou a pessoas que exercem funções equivalentes. O Brasil.  O vereador pago é como a jabuticaba , uma fruta genuinamente nacional. Em raros dos outros 180 países, paga-se simbólica quantia aos conselheiros municipais. Eles se reúnem em local cedido pela administração do lugar. Oferecem lá suas idéias e vão para casa. No Brasil, até 1977, somente os vereadores de capitais recebiam salários. Para fazer média com os políticos depois de ter fechado o Congresso, o general Ernesto Geisel estendeu o benefício aos demais vereadores, ou seja, salário de vereador seria "invenção da ditadura militar".  fonte:  http://rudaricci.blogspot.com.br/2012/02/so-brasil-paga-salario-vereador.html

Ingrid Jonker

Acabei de assistir o filme "Borboletas Negras", um filme de Paula Van Der Oest. É sobre a vida da jovem poeta Sul-africana Ingrid Jonker que suicidou-se em 1965, que encontrou o reconhecimento apenas quando Mandela, em seu primeiro discurso para o Parlamento da Africa do Sul, lê o seu poema "A criança que foi assassinada pelos soldados de Nyanga" em 1994. http:// imovision.blogspot.com.br/2011/ 08/ borboletas-negras-e-real-histor ia-da.html?m=1

transcender na imanência.

"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.” Bertolt Brecht Vivemos sob uma lógica muito triste e cruel, a lógica do consumo, a lógica da eficiência, a lógica que exige padrões de comportamento e nos conduz para a estética descartável, para relações descartáveis. Isso tudo é resultado da lógica de um sistema econômico que forjou uma cultura. Isso é muito triste, pois a beleza, a bondade e a verdade perderam a unicidade e se fragmentaram nesse mundo que Bauman chama de “liquido”. Para os gregos a beleza, a bondade e a verdade eram uma coisa só, hoje estão fragmentados e condicionados a padrões e interesses privados. É como se antigamente fossemos todos artistas, autores e protagonistas da nossa própria vida e hoje nos deixamos reduzir a consumidores apenas

viva o povo brasileiro!

À minoria de imbecilizados pela moda ou pelo medo desejo que encontrem o caminho para fora de matrix. E recorro a Millor Fernandes para reafirmar uma convicção sobre o Brasil: "o povo, enquanto povo, é muito melhor que a elite, enquanto elite". Se, como diz Mino Carta, "somos uma nação vincada pela ignorância e pela prepotência da minoria reacionária", uma advertência: "come ananàs, mastiga perdiz, seu fim esta próximo" (VM).

wait for the funeral services

I have nothing more to offer I do not have youth I have no beauty I have no money I have no hope I have nothing and lost his love and my love is worth nothing I only left to live like a zombie do the same things, laughing at myself, or laugh at jokes and "macaco simão" I hear on the radio and wait for the funeral services

1932: a revanche oligárquica

1932: a revanche oligárquica Por Augusto C. Buonicore "O nosso movimento é do Brasil. Católico, disciplinado e forte, contra a anarquia em que queriam que vivêssemos. Uma luta de Jesus contra Lenine". (Ibrahim Nobre. "Tribuno do Movimento Constitucionalista", em 12 de julho de 1932) Os antecedentes da revolta A revolução de 1930 foi um dos acontecimentos mais importantes da nossa história recente. A derrubada das velhas oligarquias, ligadas ao financiamento, produção e exportação do café, e do regime que lhes dava sustentação, criou melhores condições para o desenvolvimento do capitalismo brasileiro. Abriu caminho para a diversificação da economia e o impulsionamento da indústria moderna. Embora esse desenvolvimento mantivesse intacta e estrutura fundiária baseada no latifúndio e não rompesse substancialmente com a dependência externa, apenas recolocando-a sob novos termos. O novo governo revolucionário, dirigido por Vargas, procur

DIVIDA LIQUIDA DO SETOR PUBLICO X PIB

O gráfico acima mostra a evolução da relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, que é um indicador que mostra a capacidade que um país tem de manter sua dívida pública sob controle, e quanto menor for essa relação mais saudável e vigorosa é uma economia e a confiança do mercado na capacidade desse país de pagar suas dívidas.  O gráfico é inequívoco e fala por si só, o clássico “telhadinho de casa” que evidencia que a relação dívida pública só aumentou no governo FHC, saíndo de aproximadamente 30% no início de mandato e elevando até valores astrônomicos superiores a 50% (com pico de 56% em setembro de 2002), em um aumento de incríveis 72%.  Já no período Lula a trajetória inverteu, e só sofreu um pequeno aumento do final de 2008 até o ano passado por causa da crise, mas de qualquer forma sendo reduzida de 50% para os 44,78% de outubro de 2009, último mês avaliado nesse estudo.  O decréscimo da relação dívida/PIB foi de 11% nos 7 anos de governo Lula. FONTE: to

O papel do Estado e as privatizações

Na avaliação da UNEP (United Nations Environment Programme, 2011), " os governos nacionais têm um papel-chave a desempenhar na promoção do desenvolvimento sustentável mediante a adoção de políticas e medidas de estímulo a iniciativas sustentáveis, que favoreçam a melhoria nas condições de vida da população e reduzam a desigualdade social, preservando o meio ambiente de modo a evitar que as gerações futuras sejam expostas a riscos ambientais significativos" .  Uma das politicas públicas desenvolvidas, desde o governo Collor até o final do Governo FHC, foi a chamada "politica de privatizações". Há uma lógica na sua implantação. A lógica é a transferência para setor privado de patrimônio público pelo simples fato de fazê-lo, cacarejando que o setor público é ineficiente. Privatização  ou  desestatização  foi o processo de venda de uma empresa ou instituição do  setor público  - que integrava o patrimônio do  Estado  - para o setor privado, geralmente por meio