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Mostrando postagens de março, 2013

"A democracia não significa ... que o povo realmente governa"

Joseph Schumpeter (1883-1950), um dos mais influentes pensadores liberais, capitalista portanto, definiu bem a democracia existente no capitalismo, Para ele, "a democracia da teoria clássica não passa de uma utopia.  Na prática, deve ser apenas um método de escolha entre candidatos pertencentes às elites. Ao povo caberia apenas o papel de votar, de tempos em tempos...", deixando aos figurões mais ilustrados das classes dominantes a participação política efetiva. Nas palavras do próprio Schumpeter: "A democracia não significa e não pode significar que o povo realmente governa (...). A democracia significa apenas que o povo tem a oportunidade de aceitar ou recusar os homens que os governam". Schumpeter via o cidadão comum com um fantoche nas mãos da imprensa e da máquina de propaganda dos partidos "razoáveis", isto é, comprometidos com o capitalismo. A competição política, segundo ele, deve ocorrer dentro de um "leque restrito de questões, de maneir

Habemus Papam e uma Igreja Católica está em crise.

O Papa Francisco é eleito e recebe uma igreja em crise. Ele próprio é acusado de haver colaborado com a ditadura argentina. Bem, a inegável crise da Igreja Católica Apostólica Romana decorre do fato dela não haver encontrado o seu lugar no mundo moderno e  no mundo globalizado. As estruturas da Igreja Católica são medievais, essa não é apenas a minha opinião, mas de Leonardo Boff e de Francisco Isolino de Siqueira, com quem conversamos meu primo Mauro Calais Siqueira e eu alguns meses antes de seu falecimento. A Igreja é uma monarquia, e o que é pior, uma monarquia absolutista, que concentra o poder em pouquíssimas mãos. Nesse sentido ela está em contradição com o sonho originário de Jesus que foi o de criar uma comunidade fraterna de iguais e sem nenhuma discriminação. E a Igreja Católica pode (e deve) se modernizar sem perder a essência de seus princípios e, consequentemente, sua identidade, basta libertar-se do Direito Canônico anacrônico, o qual foi escrito, também segundo B