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Mostrando postagens de junho, 2017

Perder o rumo

Após a batalha  o guerreiro,  vitorioso, avista morte apenas Pergunta ao silêncio: isso é vencer? Não. semear dor lágrima e morte é perder o rumo, o norte a sorte...

AFINAL, SOMOS RACISTAS?

No ultimo final de semana reencontrei um jovem brilhante numa festa Junina. Ele, amigo de um dos meus filhos, viveu aventuras válidas e sonhos indeléveis, tanto que apesar do tempo e da distância entre nós o afeto genuíno pautou o encontro casual. Bem, ele passou os últimos cinco anos vivendo nos EUA, trabalhou no BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento e trouxe consigo, além de experiência pessoal e profissional magnífica, sua linda esposa e foi ela que, com uma pergunta simples, me causou enorme inquietação a ponto de motivar a reflexão que compartilho com os leitores. Ela me perguntou “ onde estão os negros nessa festa ?”. Olhei no entorno e não haviam afrodescendentes à vista, salvo nos servindo nas barraquinhas de quitutes ou como seguranças e manobristas. Confesso que fiquei muito constrangido em constatar que o racismo no Brasil é estrutural e institucionalizado, ele permeia todas as áreas da nossa vida e o mais grave: nem percebemos. A ONU recentem

PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO: UM DILEMA INSTITUCIONAL

A presidência da república é refém do congresso e os parlamentares que o compõem são, em sua maioria, propriedade privada das grandes empresas, por isso defensores dos interesses de seus senhores e não do país. Estamos diante de algo parecido com o que vimos nos anos 1980 pois, assim como a Nova República correspondeu ao esgotamento do modelo político anterior e à falência do conjunto das instituições do regime autoritário, é possível afirmar que o tal presidencialismo de coalizão está falido e estamos no liminar de um novo arranjo institucional. O debate em torno desse novo arranjo precisa recuperar Sérgio Henrique Hudson de Abranches que escreveu: “[...] , a heterogeneidade estrutural da sociedade brasileira uma característica marcante de nosso processo histórico de desenvolvimento [...] marcada por profundos desequilíbrios e descompassos em suas estruturas social, política e econômica. No plano macro-sociológico, observa-se o fracionamento da estrutura de classes, que de