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Mostrando postagens de março, 2014

FIM DO DELÍRIO NO STF.

A composição do colegiado do STF mudou e dá sinais que o delírio que imperou até pouco tempo está chegando ao fim. Por quê? Explico. A Constituição Federal contempla um instituto conhecido como “foro privilegiado” , está lá no artigo 102, letras b e c, e determina que compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, “nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República”, bem como “nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente”. Na verdade o tal “privilégio”  não existe, pois esses réus julgados pelo STF não contariam a priori com a garantia, também constitucional, do duplo grau de jurisdição, mas essa é outra questão. E no início do julgamento da

AS ESCOLHAS DE BARBOSA.

Joaquim Barbosa poderia representar uma ruptura histórica, mas fez outra escolha.   Vejo a atuação do Ministro Joaquim Barbosa com muita tristeza. Ele traiu a Constituição Federal, a qual jurou aplicar, traiu a fé de brasileiros de bem, mas é protegido pela versão publicada por parte da imprensa, parcela que, pelos seus motivos e interesses, ignora a verdade e transforma hipóteses em versões e essas em verdades publicadas. Essa parcela da imprensa é a mesma que naquele abril de 1964 apoiou o golpe militar, ou seja, essa gente é coerente e não se adapta à democracia e defende seus privilégios com ferocidade, cooptando parcela da classe média e personalidades como Joaquim Barbosa. É triste é ver Joaquim Barbosa, que poderia significar tanto, pôr-se a serviço da Casa-grande, a serviço dos que ao longo da História do usaram a exploração e a escravidão como instrumento de acumulação de riqueza. Aliás, a História do ocidente nos coloca diante de um paradoxo (que

O OUTONO EM CADA UM.

Recebi nem sei quantos telefonemas comentando a minha decisão de me afastar da vida partidária. Foi uma decisão que só o pensar poético ou o poetar pensante dá conta de explicar. Cazuza, poeta niilista da minha geração escreveu “ Que aquele garoto / Que ia mudar o mundo / Mudar o mundo /  Frequenta  agora / As festas do "Grand Monde". Este “garoto” aqui falhou, não mudou o mundo e chegado o seu outono, penúltimo quarto dessa aventura chamada vida, a reflexão é necessária, um período  sabático  para reflexão e auto-critica. Para depois de conciliações e reconciliações seguir adiante com dignidade, exercitando uma virtude que talvez tenha ficado na retórica apenas: a humildade . Antes vou explicar porque qualifico Cazuza como poeta niilista da minha geração . Bem, o niilismo   (do latim   nihil , nada) é um termo e um   conceito   filosófico que afeta as mais diferentes esferas do mundo contemporâneo ( literatura ,   arte ,   ciências humanas , teoria