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Mostrando postagens de maio, 2010

VIVER OU CONSUMIR?

Li recentemente um belo artigo assinado pelo Professor Antonio Barros de Castro da UFRJ intitulado “Enfrentando rupturas” onde o articulista afirma sem meias tintas “a nave espacial terra não comporta a universalização dos padrões modernos de consumo”. Com lucidez o professor argumenta que a ascensão da China, que só tem paralelo na emergência dos EUA no fim do século XIX, assim como a derrocada financeira de 2008 dos EUA (que só encontra paralelo na crise de 29) e a questão ecológica exigem que nós paremos um pouco para pensar em tudo que está acontecendo e na sua lógica. Estamos diante de um mundo novo em que os protagonistas tradicionais como o Banco Mundial, o FMI, o G8, os EUA e sua lógica, precisam ser repensados. E nesse contexto temos de repensar a lógica do consumo... Nossa sociedade não é, lamentavelmente, uma sociedade de generosidade, de solidariedade, de afeto. É uma sociedade de consumo. É verdade que a humanidade sempre consumiu, mas a geração anterior, segundo Bauman

Sobre o que deve ou não ser dito...

O jornalista Stephen Marshall teria dito que é muito muito fácil dizer ao público o que ele quer ouvir, mas é tarefa dificil dizer o que deve ser dito segundo nossas convicções... Bem, acredito que se é nas ações do homem que vems seu juizo é no seu discurso que conhecemos o seu entendimento, em sendo assim se for para dizer alguma coisa em que não acredito prefiro ficar sem silêncio.

PELA VITÓRIA DE DILMA ROUSSEFF EM 2010.

Penso que um dos desafios do Governo Lula para atender às expectativas da população foi romper com as estruturas de poder internas (as quais se criaram desde os anos 1980 e que deslocaram o eixo de desenvolvimento da acumulação para o setor financeiro) e impulsionar o desenvolvimento econômico e social e, principalmente, a inclusão social. Nessa época de grandes decisões Políticas vejo necessária a reflexão e o inafastável debate sobre aquilo que acredito ser inegável: as relações empresárias e as relações do setor empresarial com as estruturas de Estado e com o próprio mercado sofreram significativa alteração a partir da vitória de Lula em 2002. Pois se o Governo Fernando Henrique Cardoso estava inserido num padrão tipicamente neoliberal de políticas públicas, onde o crescimento da dívida externa, a expansão acelerada da dívida pública, os expressivos déficits em conta corrente, as elevadas taxas de juros, a privatização (e o desmonte dos segmentos de maior valora agregado da indúst

O USO ELEITORAL DO PODER JUDICIÁRIO

Durante as eleições de 2008 na condição de advogado tive a oportunidade de numa defesa em processo eleitoral denunciar a utilização do Poder Judiciário para fins político-eleitorais.  A preliminar não mereceu atenção expressa do então Juiz Eleitoral, mas a representação foi julgada improcedente. Bem, sabemos que quando as relações entre o sistema judicial e o sistema político atravessam um momento de tensão ocorre a denominada judicialização da política (há judicialização da política sempre que os tribunais, no desempenho normal das suas funções, afetam de modo significativo as condições da ação política). Sabemos também que o excesso da judicialização conduz à politização da justiça, como ensina o Sociólogo Português Boaventura Santos , o que pode comprometer significativamente a harmonia entre os Poderes e a própria democracia. Esse fato pode ocorrer por duas vias principais: uma, de baixa intensidade, quando membros isolados da classe política são investigadores e eventualmente

8 1/2

A crise inspiracional de um diretor de cinema é o tema de " Fellini 8 e 1/2". Acabei de assistir. Marcello Mastroiani, é Guido um artista cujo único comprometimento é com sua arte. Mas ele não tem certeza se ainda há algo importante a ser dito... Em razão disso ele entra numa crise de criação que bloqueia a pré-produção de seu novo filme. Buscando em suas raízes biográficas elementos possíveis para constituir um possível roteiro, Guido acaba mergulhando em memórias confusas, em devaneios oníricos e numa aporia mais do que filosófica. Para mim é difícil falar sobre os filmes de Fellini, pois são filmes aparentemente sem trama, com quadros potencialmente desconexos e com personagens estilizadas. É neste clima turbulento e confuso que 8 1/2 faz transparecer suas preocupações vitais acerca do papel de uma obra de arte. Acredito que a arte é fundamental à humanidade não como instrumento de transformação propriamente, mas como sinal de que a transformação está em curso ou que já

Meus filhos

Luz tu encantas, seduzes e avanças por horizontes mágicos podes tudo que querias desejo que queiras tudo... Alegre, feliz, confiante segues em busca de novas e definitivas vitórias perceberás contudo que a vitória está na luta na boa luta E tu dádiva de Deus, curador do vínculo e das dores tu que tudo sabes e sentes me perdoa os pecados. Saibam que há, forte como um leão, um leão entre vós...

Sobre ética.

Assistam, vale a pena. http://www.youtube.com/watch?v=-1jFyAP9cMs

SE TEMOS JUIZES É PORQUE TEMOS UM POVO !

Em 1745, o todo-poderoso Frederico II, rei da Prússia, mandara construir o famoso castelo de Sans-Souci, que ficaria pronto dois anos depois. Déspota esclarecido, amigo de escritores e artistas, tinha Voltaire como um dos que mais conhecidos que freqüentam sua residência.  Um de seus áulicos, porém, mais arbitrário do que o governante a quem servia, ainda que sem as mesmas luzes, queria espantar para longe da vizinhança do belo castelo um modesto moleiro, para que o pequeno empresário e seu moinho não ofendessem a bela paisagem que cercava a construção.  Apesar das ameaças do representante de Frederico II o moleiro permaneceu irredutível e não nostrava temer as ameaças. A querela chega aos ouvidos de Frederico II e o monarca resolve conversar com aquele homem que lhe parece tão corajoso. Pergunta-lhe qual o motivo de ele não ter medo de ninguém, nem do rei. A resposta do moleiro foi resumida em frase que se tornou célebre, depois freqüentemente invocada em situações em que o Judici