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INDEPENDÊNCIA? QUAL?

Aprendemos que no dia 7 de setembro o Brasil emancipou-se e que, por ato de bravura e nacionalismo de um príncipe português, libertou-se do jugo do colonizador. Será? Mas  somos de fato uma nação i ndependente? A nossa carta política é conhecida e respeitada por nossos lideres? Bem, de 1985 a 2013 é possível dizer que sim, mas depois da visita de Joe Biden em 2013 e das marchas de junho do mesmo ano, depois da operação Lava-Jato e do golpe de 2016 podemos dizer que vivemos em um estado de permanente risco de ruptura institucional, com militares assanhados pelo retorno de um regime autoritário. É possível fazermos um paralelo entre o IPES , o IBAD e a Operação Brother Sam , com o MBL e seus pares, a propaganda nas redes via fake news e a Operação Lava-Jato, apesar do lapso de cinquenta anos, é possível afirmar que ambas tem a origem na sanha imperialista estadunidense, inaugurada em William Mckinley. Fato é que a partir de meados dos anos 1950 (assim como em 2003), o Brasil d
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DA FAMÍLIA CORLEONE À LAVA-JATO

A autolavaggio familiare agiu e reagiu, impondo constrangimento injusto ao atacar a reputação de advogados honrados. Me refiro a Roberto Teixeira e Cristiano Zanin. Já perguntei aqui no 247 [1] : “ Serão os jovens promotores e juízes "de baixa patente" os novos tenentes" Penso que sim, pois assim como os rebeldes do inicio do século XX, os jovens promotores e juízes, passaram a fazer política e interferir nas instituições e estruturas do Estado a seu modo. Mas em alguns momentos as ações e reações deles lembram muito a obra de Mario Puzzo. As ideais dos rebeldes do início do século XX, assim como dos promotores e juízes desde inicio de século XXI, eram ao mesmo tempo conservadoras e autoritárias; os tenentes defendiam reformas políticas e sociais - necessárias naquele momento -, e no discurso estavam presentes os sempre sedutores temas do combate à corrupção e defesa da moralidade política. Deltan Dallagnol e Sérgio Moro representam os jovens promotores e juízes d

RECONCILIAÇÃO COM A REALIDADE.

Ne sses tempos de intolerância vivemos situações surreais em nosso cotidiano... Vivemos na  sociedade do cansaço , como diz Leonardo Boff, na qual a aceleração do processo histórico e a multiplicação de sons, de mensagens, o exagero de estímulos e comunicações, especialmente pelo marketing pessoal e comercial, pelos celulares com todos os seus aplicativos, a superinformação das mídias sociais, etc., acabam até produzindo doenças, depressão, dificuldade de atenção e perda de sentido real da nossa existência. Esses fatos nos transformam em vitimas desse verdadeiro  fim dos tempos . Penso que temos de lutar contra isso e ter bem claro que esses tempos de relações disciplinadas pelo  Código de Hamurabi  não nos servem, por isso temos de recuperar o tempo em que as relações pessoais eram reguladas pelas virtudes humanas e divinas, tais como a amizade, compreensão, justiça, amor, generosidade, temperança, honestidade, respeito, perdão e tolerância. E como fazemos isso? Vivendo tudo o que a

SOBRE PERIGOSO ESTADO MINIMO

O governo Temer trouxe de volta a pauta neoliberal, propostas e ideias derrotadas nas urnas em 2002, 2006, 2010 e 2014. Esse é o fato. Com a reintrodução da agenda neoliberal a crença cega no tal Estado Mínimo voltou a ser professada, sem qualquer constrangimento e com apoio ostensivo da mídia corporativa. Penso que a volta das certezas que envolvem Estado mínimo, num país que ao longo da História não levou aos cidadãos o mínimo de Estado, é apenas um dos retrocessos do projeto neoliberal e anti-desenvolvimentista de Temer, pois não há nada mais velho e antissocial do que o enganoso “culto da austeridade”, remédio clássico seguido no Brasil dos anos de 1990 e aplicado na Europa desde 2008 com resultados catastróficos. Para fundamentar a reflexão e a critica é necessário recuperarmos os fundamentos e princípios constitucionais que regem a Ordem Econômica, especialmente para acalmar o embate beligerante desnecessário, mas sempre presente. A qual embate me refiro? Me ref

PALOCCI, UM GRANDE FILHO DA PUTA.

Todos que jogam ou jogaram futebol, bem como aqueles apaixonados que frequentam as arquibancadas para torcer pelo seu time do coração ouvem e, por certo, já proferiram a libertadora expressão “ filho da puta ” ou, com mais esmero, “ filho de uma puta ”, dentre outros palavrões de caráter igualmente libertador. E todos sabem que tal expressão tem semântica própria, pois ninguém que refere à mãe daquele a quem direcionamos qualquer dos necessários palavrões. O adequado uso de palavrões representa síntese e expressa indignação diante de um erro inescusável do Juiz ou de um dos jogadores de qualquer dos times, há, portanto, uma dialética nos palavrões e isso merece atenção. Ou seja, é há uma dialética do palavrão. Na literatura também encontramos o uso de palavrões. Entre os escritores mais lidos da literatura brasileira, o romancista baiano Jorge Amado (1912-2001) é um dos que mais usa o palavrão em sua vasta obra literária. E falando em romances, Amado não é o único int

bussola triunfante

O caminhar seria errante  mas a sorte   bussola  triunfante trouxe presentes infinitos  em jovens sorrisos  e eles ao lado dos seus amores definitivos são fortaleza necessária esperança renovada certeza da vida eterna

NÃO À ESCOLA SEM PARTIDO! POR ESCOLAS PLURAIS, DEMOCRÁTICAS E EMANCIPATÓRIAS.

“Vós sabeis, queridos jovens universitários,                                                                      que não se pode viver sem olhar para os desafios.     [...] Por favor, não olheis para a vida da varanda!  Misturai-vos lá, onde estão os desafios...”. (Papa Francisco) Começou a tramitar na Câmara de Campinas projeto que, além de inconstitucional, gera polêmica corrosiva. O projeto, de autoria do vereador Tenente Santini (o mesmo que deseja o retorno da ditadura militar), propõe regras inspiradas na ideia da Escola sem partido e, entre tantas bobagens e restrições, proíbe o professor de estimular que alunos participem de manifestações, atos públicos ou passeatas. Bem, ideias estúpidas seguem encantando imbecis de todo gênero... Assim é o tal “Programa Escola sem Partido”, um monstrengo apresentado como iniciativa de estudantes e pais, que estariam preocupados com o grau de contaminação político-ideológico das escolas brasileiras, em todos os níveis