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Mostrando postagens de 2017

SOBRE PERIGOSO ESTADO MINIMO

O governo Temer trouxe de volta a pauta neoliberal, propostas e ideias derrotadas nas urnas em 2002, 2006, 2010 e 2014. Esse é o fato. Com a reintrodução da agenda neoliberal a crença cega no tal Estado Mínimo voltou a ser professada, sem qualquer constrangimento e com apoio ostensivo da mídia corporativa. Penso que a volta das certezas que envolvem Estado mínimo, num país que ao longo da História não levou aos cidadãos o mínimo de Estado, é apenas um dos retrocessos do projeto neoliberal e anti-desenvolvimentista de Temer, pois não há nada mais velho e antissocial do que o enganoso “culto da austeridade”, remédio clássico seguido no Brasil dos anos de 1990 e aplicado na Europa desde 2008 com resultados catastróficos. Para fundamentar a reflexão e a critica é necessário recuperarmos os fundamentos e princípios constitucionais que regem a Ordem Econômica, especialmente para acalmar o embate beligerante desnecessário, mas sempre presente. A qual embate me refiro? Me ref

PALOCCI, UM GRANDE FILHO DA PUTA.

Todos que jogam ou jogaram futebol, bem como aqueles apaixonados que frequentam as arquibancadas para torcer pelo seu time do coração ouvem e, por certo, já proferiram a libertadora expressão “ filho da puta ” ou, com mais esmero, “ filho de uma puta ”, dentre outros palavrões de caráter igualmente libertador. E todos sabem que tal expressão tem semântica própria, pois ninguém que refere à mãe daquele a quem direcionamos qualquer dos necessários palavrões. O adequado uso de palavrões representa síntese e expressa indignação diante de um erro inescusável do Juiz ou de um dos jogadores de qualquer dos times, há, portanto, uma dialética nos palavrões e isso merece atenção. Ou seja, é há uma dialética do palavrão. Na literatura também encontramos o uso de palavrões. Entre os escritores mais lidos da literatura brasileira, o romancista baiano Jorge Amado (1912-2001) é um dos que mais usa o palavrão em sua vasta obra literária. E falando em romances, Amado não é o único int

bussola triunfante

O caminhar seria errante  mas a sorte   bussola  triunfante trouxe presentes infinitos  em jovens sorrisos  e eles ao lado dos seus amores definitivos são fortaleza necessária esperança renovada certeza da vida eterna

NÃO À ESCOLA SEM PARTIDO! POR ESCOLAS PLURAIS, DEMOCRÁTICAS E EMANCIPATÓRIAS.

“Vós sabeis, queridos jovens universitários,                                                                      que não se pode viver sem olhar para os desafios.     [...] Por favor, não olheis para a vida da varanda!  Misturai-vos lá, onde estão os desafios...”. (Papa Francisco) Começou a tramitar na Câmara de Campinas projeto que, além de inconstitucional, gera polêmica corrosiva. O projeto, de autoria do vereador Tenente Santini (o mesmo que deseja o retorno da ditadura militar), propõe regras inspiradas na ideia da Escola sem partido e, entre tantas bobagens e restrições, proíbe o professor de estimular que alunos participem de manifestações, atos públicos ou passeatas. Bem, ideias estúpidas seguem encantando imbecis de todo gênero... Assim é o tal “Programa Escola sem Partido”, um monstrengo apresentado como iniciativa de estudantes e pais, que estariam preocupados com o grau de contaminação político-ideológico das escolas brasileiras, em todos os níveis

Os hipócritas e canalhas salvaram Temer

São hipócritas, canalhas e corruptos salvaram Temer; todos os agentes públicos que aceitam receber salários acima do teto constitucional, aristocratas pós-modernos, cheios de privilégios e convicções, que em nome do combate à corrupção destroem irresponsável e irremediavelmente a economia e os projetos de modernização e protagonismo do país são hipócritas, canalhas e corruptos. São hipócritas e canalhas todos aqueles empresários que tratam a coisa pública, as instituições e os poderes da república como simples áreas de suas empresas. São hipócritas e canalhas todos os agentes públicos e agentes políticos (eleitos ou não) que receberam recursos de caixa 2 ou propina por serviços sujos, serviços nada republicanos. São hipócritas e canalhas os grandes empresários da mídia, seus especialistas e jornalistas que a serviço de todos os outros canalhas contribuíram decisivamente com um golpe de contornos inéditos e sofisticação tal que sua compreensão ainda não existe de forma i

Jow

Não havia dias tristes Sol ou chuva a obstar a transcendente hora de passear

HÁ LEI NA REPUBLICA DA 13ª VARA DE CURITIBA?

Sergio Moro confessou que condenou Lula sem provas. Sim, sem provas... Ele teria dito a jornalistas sul-americanos o seguinte: “ Sobre a sentença do ex-presidente, tudo o que eu queria dizer já está na sentença, e não vou fazer comentários. Teoricamente, uma classificação do processo penal é a da prova direta e da prova indireta, que é a tal da prova indiciária ...”, noutras palavras: LULA FOI CONDENADO SEM PROVAS. É possível a condenação apenas pelas provas indiciárias? Sim, a prova   indiciária  autoriza o decreto condenatório, mas apenas quando amparada num conjunto idôneo, de validade indiscutível no contexto fático dos autos, o que não é a realidade do processo contra Lula, pois há “um caminhão” de depoimentos, testemunhos e documentos a comprovar que Lula JAMAIS foi dono do tal triplex, não tem a chave do triplex, jamais “pousou” no triplex, ou seja, inexiste um conjunto idôneo e indiscutível de provas contra Lula. Nenhuma surpresa para mim, pois jamais acredite

Onde estava você razão?

Horizontes opacos distante essa realidade na aurora a certeza ingênua otimismo vazio no presente angustia tristeza ocultada Ah! as tantas encruzilhadas escolhas ruins erros, enfim um descaminho sem fim... Onde estava você razão? onde esteve nos momentos de dúvida  e solidão?

Perder o rumo

Após a batalha  o guerreiro,  vitorioso, avista morte apenas Pergunta ao silêncio: isso é vencer? Não. semear dor lágrima e morte é perder o rumo, o norte a sorte...

AFINAL, SOMOS RACISTAS?

No ultimo final de semana reencontrei um jovem brilhante numa festa Junina. Ele, amigo de um dos meus filhos, viveu aventuras válidas e sonhos indeléveis, tanto que apesar do tempo e da distância entre nós o afeto genuíno pautou o encontro casual. Bem, ele passou os últimos cinco anos vivendo nos EUA, trabalhou no BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento e trouxe consigo, além de experiência pessoal e profissional magnífica, sua linda esposa e foi ela que, com uma pergunta simples, me causou enorme inquietação a ponto de motivar a reflexão que compartilho com os leitores. Ela me perguntou “ onde estão os negros nessa festa ?”. Olhei no entorno e não haviam afrodescendentes à vista, salvo nos servindo nas barraquinhas de quitutes ou como seguranças e manobristas. Confesso que fiquei muito constrangido em constatar que o racismo no Brasil é estrutural e institucionalizado, ele permeia todas as áreas da nossa vida e o mais grave: nem percebemos. A ONU recentem

PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO: UM DILEMA INSTITUCIONAL

A presidência da república é refém do congresso e os parlamentares que o compõem são, em sua maioria, propriedade privada das grandes empresas, por isso defensores dos interesses de seus senhores e não do país. Estamos diante de algo parecido com o que vimos nos anos 1980 pois, assim como a Nova República correspondeu ao esgotamento do modelo político anterior e à falência do conjunto das instituições do regime autoritário, é possível afirmar que o tal presidencialismo de coalizão está falido e estamos no liminar de um novo arranjo institucional. O debate em torno desse novo arranjo precisa recuperar Sérgio Henrique Hudson de Abranches que escreveu: “[...] , a heterogeneidade estrutural da sociedade brasileira uma característica marcante de nosso processo histórico de desenvolvimento [...] marcada por profundos desequilíbrios e descompassos em suas estruturas social, política e econômica. No plano macro-sociológico, observa-se o fracionamento da estrutura de classes, que de