Pular para o conteúdo principal

COMBATE À INTOLERÂNCIA AO TOTALITARISMO.



“Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,… a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações…”.
(Preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948)

Acredito que as pessoas devem lutar contra a exploração sistêmica que oprime o ser humano e retira dele a liberdade; desejo uma sociedade onde não apenas os direitos, mas também as oportunidades sejam idênticas, uma sociedade que, de maneira consciente, defenda a emancipação do Brasil, defenda a soberania nacional antes de qualquer interesse privado, compreenda a importância do desenvolvimento social e econômico e lute pela paz mundial.

Acredito nas pessoas simples, pois são elas a fonte genuína dos valores da igualdade de direitos, liberdade e solidariedade, de uma moral e ética humanista e democrática.

Por isso todas as espécies de totalitarismo devem ser denunciadas e combatidas, todas.Devemos estar sempre atentos à sua aproximação e indesejado desenvolvimento.

Segundo Hannah Arendto totalitarismo pode ser compreendido e percebido nas formas de governo e de dominação e está baseadona organização burocrática de massas, no terror e na ideologia.

No totalitarismo a sociedade convive com os horrores e o radicalismo da negação à liberdade e da privacidade, o que é inaceitável.

Penso que é possível encontrarmos elementos do totalitarismo hoje em dia, especialmente porque a moral e a ética no totalitarismo são inexistentes ou estão em decomposição; a desumanidade (tão própria do fascismo, do stalinismo, franquismo, salazarismo e de algumas democracias liberais de direita que se pautam apenas pelos interesses do mercado ignorando o ser humano) é o ponto fundamental a ser compreendido e combatido. 

Daí a importância de compreendermos a importância dos Direitos Humanos e valores humanos e progressistas serem defendidos.

Os direitos humanos são escuto e aríete e devemos usá-los, pois são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.

Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação.
O Direito Internacional dos Direitos Humanos estabelece as obrigações dos governos de agirem de determinadas maneiras ou de se absterem de certos atos, a fim de promover e proteger os direitos humanos e as liberdades de grupos ou indivíduos e desde o estabelecimento das Nações Unidas, em 1945 tem entre seus objetivos fundamentais promover e encorajar o respeito aos direitos humanos para todos, conforme estipulado na Carta das Nações Unidas.
Qualquer narrativa que os negue deve ser denunciada e combatida. Não podemos ter como natural a maldade que está contida nos discursos totalitários, os quais se nos são embalados lindamente, apenas para dissimular a maldade, a intolerância características tão próprias dos regimes totalitários.
O Brasil vive uma inflexão conservadora, de viés inegavelmente totalitário, e o simulacro de impeachment em curso, assim como o golpe que levou ainda interinamente ao Planalto Michel Temer contem elementos próprios do totalitarismo.

E esse momento triste apoiadores do golpe e de Temer flertam com o totalitarismo, um movimento que tem centralidade na questão moral e imoral do totalitarismo, no mal e na autonomia, consequências inevitáveis do regime.

Bolsonaro por exemplo, apoiador do golpe, defende a tortura e torturadores, defende o Golpe Militar, uma guerra civil, a morte de inocentes, o fechamento do Congresso Nacional e ataca o direito ao voto, se colocando assim como os militares da Ditadura Militar, contra as eleições diretas[1],só por isso ele mereceria ser processado e condenado, afinal no parágrafo único, do artigo 1º da Constituição, artigo que enuncia os fundamentos da republica, temos que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente...” e o artigo 3°, que trata dos objetivos, determina ser nosso dever “I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;II - garantir o desenvolvimento nacional;III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”.

Alguém escreveu com correção que o conservadorismo tanto no campo político-social quanto o conservadorismo que existe em cada pessoa se posiciona a favor do impeachment de Dilma e a consequente ascensão de Michel Temer à presidência. Mas o que isso significa?
Significa que o é nosso dever combater a intolerância e o totalitarismo, defender a liberdade de expressão, as liberdade de imprensa, as liberdades civis todas, compreender o significado e importância dos Direitos Humanos e a partir dai, de forma propositiva, negar a possibilidade de um retrocesso, afirmar os valores da democracia, refutar golpes e manobras que relativizem a vontade popular, banalizem a maldade e o totalitarismo; sempre inspirados nos valores da igualdade de direitos, liberdade e solidariedade, de uma moral e ética humanista e democrática.



[1] https://www.youtube.com/watch?v=qIDyw9QKIvw

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A BANDA DE MUSICA DA UDN

A BANDA DE MUSICA da UDN foi apropriada por setores do PSDB, aguardemos, mas penso que não vão sequer mudar o repertório.  Para quem não lembra a  A  banda de música  da  União Democrática Nacional  foi um grupo de oradores parlamentares à época da constituição brasileira de  1946  até  64 , arrogantes, conservadores e conhecidos por fustigarem os sucessivos governos do  Partido Social Democrático  e do  Partido Trabalhista Brasileiro , ou seja, foram oposição a GETULIO, JK e JANGO. Seus nomes mais notáveis foram  Carlos Lacerda ,  Afonso Arinos de Melo Franco ,  Adauto Lúcio Cardoso ,  Olavo Bilac Pinto ,  José Bonifácio Lafayette de Andrada ,  Aliomar Baleeiro  e  Prado Kelly  .

SOBRE PERIGOSO ESTADO MINIMO

O governo Temer trouxe de volta a pauta neoliberal, propostas e ideias derrotadas nas urnas em 2002, 2006, 2010 e 2014. Esse é o fato. Com a reintrodução da agenda neoliberal a crença cega no tal Estado Mínimo voltou a ser professada, sem qualquer constrangimento e com apoio ostensivo da mídia corporativa. Penso que a volta das certezas que envolvem Estado mínimo, num país que ao longo da História não levou aos cidadãos o mínimo de Estado, é apenas um dos retrocessos do projeto neoliberal e anti-desenvolvimentista de Temer, pois não há nada mais velho e antissocial do que o enganoso “culto da austeridade”, remédio clássico seguido no Brasil dos anos de 1990 e aplicado na Europa desde 2008 com resultados catastróficos. Para fundamentar a reflexão e a critica é necessário recuperarmos os fundamentos e princípios constitucionais que regem a Ordem Econômica, especialmente para acalmar o embate beligerante desnecessário, mas sempre presente. A qual embate me refiro? Me ref

DIÁLOGO DO ARQUITETO E NEO EM MATRIX

“O Arquiteto - Olá, Neo. Neo - Quem é você? O Arquiteto - Eu sou o Arquiteto. Eu criei a Matrix. Eu estava à sua espera. (...)”   Sempre reflito sobre o significado do diálogo entre Neo e o Arquiteto no “Matrix Reloaded”, busco o significado para além do próprio filme e gosto de pensar que o diálogo é uma alegoria [1] ou uma metáfora [2] que contrapõe dois tipos de agir, o racional , do arquiteto e criador da MATRIX e o passional , em Neo, aquele que busca libertar a humanidade da escravidão imposta pelo sistema O racional, ou a racionalidade, diz respeito a ação calculada com base na eficácia dos meios escolhidos em vista de um fim, está relacionada também com a sistematização da experiência através de princípios explicativos gerais. O termo RACIONALIDADE nasceu fora da filosofia, estava relacionado a ciências como a economia, mas Weber introduziu sua noção como conceito sociológico fundamental, descrevendo-o como uma característica de determina