Vou deixar claro meu ponto de vista em relação a Operação Lava-Jato: sou
a favor de operações dessa natureza, pois apenas os corruptos, os corruptores e
os imbecis de todo gênero são contrários a investigações que punam os
malfeitores, por isso temos de apoiar as policias, o MP, o MPF e os
órgãos do Poder Judiciário sempre. Contudo, não devemos confundir os
necessários movimentos de combate
à corrupção com a esculhambação dos princípios fundamentais de Direito,
patrocinado pelos “tomás de
torquemada de Curitiba”.
Advogo faz mais de 29 nos e afirmo, sem medo de desagradar quem quer que
seja, o Poder Judiciário é majoritariamente aristocrático, conservador,
ideológico e toma decisões de forma seletiva, dependendo da classe social do
réu.
Os fatos estão ai.
Enquanto milhares são condenados
por pequenas quantidades de maconha, pouquíssimos condenados por golpes imensos
na praça, basta que lembremos o caso do helicóptero de empresa da família Perrella
carregado de cocaína... Não é demais lembrar que o senador mineiro Zezé Perrella e seu filho, ex-deputado estadual
Gustavo Perrella, sequer foram presos na operação da Polícia Federal que
apreendeu um helicóptero da empresa com 445 quilos de cocaína, imagino o
espetáculo midiático que aconteceria se a empresa fosse da família do ex-presidente
Lula... É notório que a apreensão do helicóptero com cocaína pela PF não
ensejou a prisão do senador, nem de seu filho, proprietário da empresa e
deputado estadual (na época da operação). Estes ficaram fora do alcance
punitivo da guerra às drogas. Por quê? Seriam ele blindados pelas suas relações
com o poder?
Para ir preso no Brasil era preciso ser muito pobre e muito
mal defendido, hoje basta ser petista. A comprovar isso basta lançar o olhar
para o sul do país e assistiremos um órgão monocrático do Poder Judiciário
reduzido a um “Tribunal do Santo Oficio”, partidarizado, ideologizado e pautado
por um Ministério Público despreparado e também partidarizado.
Atenção a esses bad boys de Curitiba, eles estão fazendo xixi na Constituição Federal e nos Direitos Humanos.
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