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QUEM SÃO OS IMBECIS QUE DEFENDEM IMPEACHEMENT, RENÚNCIA OU INTERVENÇÃO MILITAR?



"Democratizar o poder significa combater energicamente a corrupção.
A corrupção rouba o poder legítimo do povo. A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. 
A corrupção deve ser extirpada.”
(Presidente Dilma Rousseff)

A  situação política, econômica e social do Brasil “está caótica” dizem os imbecis que defendem o impeachment, renuncia da Presidente ou mesmo uma surreal intervenção militar.
Será que eles estão certos? Penso que não, pois ao contrário do que afirmam esses saudosos golpistas e canalhas de todo o gênero não há caos instalado, apesar do esforço de setores de caráter impublicável em convencer a opinião publica nesse sentido.
Aspectos econômicos, políticos e jurídicos podem devem ser analisados para sustentar que o Brasil sofre os efeitos de uma crise econômica global, mas os efeitos internos tem sido menos nefastos do que em qualquer outra parte dói mundo.

Vamos começar por um ponto fundamental: a PETROBRÁS. Petrobras valia US$15,4 bilhões em 2003.  Hoje vale R$214,6 bilhões, apesar de toda campanha negativa, apesar das sucessivas quedas na cotação de suas ações e apesar, principalmente, do esquema nojento de corrupção enfim descoberto e revelado, esquema instalado na empresa desde o tempo dos militares.

Mas o que a imprensa noticia? Apenas aspectos negativos e descontextualizados.


A nossa “nacionalista” e “imparcial” imprensa, tão simpática aos imbecis que não noticiou, por exemplo, que Petrobras teve, em 2013, um dos melhores anos de sua história, com a produção aumentando consideravelmente (em média 3% ao mês) e o Campo de Libra foi avaliado por quase R$1 trilhão. O valor de mercado atual da companhia é R$214,69 bilhões. Essa mesma imprensa “esquece” de esclarecer à opinião pública que o valor das ações de todas as companhias de petróleo do mundo em razão da queda dos preços do petróleo e de outras commodities que se acentuaram a partir de 2014 no mundo todo.

Em nenhum momento a imprensa corporativa e os nossos congressistas moralistas fazem uma comparação entre os R$15,4 bilhões de antes e os R$214,69 bilhões de agora.

O fato é que a companhia investiu bilhões de reais durante o governo Lula e em 2007 anunciou o pré-sal e os citados investimentos garantiram e garantirão no médio e longo prazo a geração de emprego, trabalho e renda, além de riqueza pública e privada.

O valor de mercado da companhia, que já era quatro vezes maior do que em 2002, disparou naquele momento. E quem fala sobre isso? Quem explica honestamente que a queda dos preços do petróleo e de outras commodities que se acentuaram a partir de 2014 em todo o mundo?

O quadro abaixo mostra o quanto é mentirosa a propaganda negativa que se apresenta contra a PETROBRAS, especialmente em comparação à VALE, cantada em prosa e verso pelos imbecis como “modelo” de gestão e de competência do setor privado.

Sobre o nojento esquema de corrupção instalado na empresa desde os tempos da Ditadura Militar, (esquema descoberto e revelado apenas agora graças ao trabalho da Policia Federal) penso que temos que comemorar a descoberta, revelação e prisão dos suspeitos, isso não ocorria antes nesse país, nossas instituições estão mais fortes.

Ademais, os vários indicadores os índices de inflação, desemprego, investimento público e privado, IDH, GINI, dentre outros vem mostrando melhora significativa e sustentável em todo o período democrático, conforme demonstrado nas tabelas abaixo:



https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgQ_oW-RJFeAY6scqY820MsG79njQzlQTfQ25cg0YrWKyc7vWanPKq5DCCNuwU-hY9pv686hK81YQrjHWrTphF5dWuY4ZFI5-exIo4sUQ6egKmn5WtxktXUkuTPJLl5EX04kQL6aAYmkk/s1600/Untitled.png

http://mercadopopular.org/wp-content/uploads/2014/04/inflacao.png


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https://brasilfatosedados.files.wordpress.com/2010/10/3-6.png?w=640&h=299


http://brasilfatosedados.files.wordpress.com/2010/09/1-4gc1.png


https://brasilfatosedados.files.wordpress.com/2010/10/c3adndice-da-pobreza-extrema-ou-misc3a9ria-em-da-populac3a7c3a3o-total-fgv-brasil-evoluc3a7c3a3o-1992-2014-rev-d.png?w=640&h=314



Ou seja, ao contrário do que se pretende fazer crer os panfletos golpistas e antidemocráticos não há caos na economia.
E no aspecto Jurídico merece destaque a sempre serena e lúcida opinião do Professo Dalmo Dallari que afirmou que a opinião e o parecer de Ives Ganira favorável ao impeachment é absolutamente inconsistente.
Segundo o professor Dallari, que nos foi apresentado pelo Professor Francisco Rossi nas aulas de Teoria Geral do Estado, Ives Gandra apenas cita uma porção de artigos e leis, mas não cita um único fato que demonstre a responsabilidade da presidente Dilma. O que ele estaria fazendo é uma aplicação da chamada doutrina do conhecimento do fato, ou domínio do fato, e que seria absolutamente absurda, não é juridicamente aceitável, como já escrevi anteriormente.
Os imbecis que defendem o impeachment, a renuncia da Presidente ou mesmo uma surreal intervenção militar não se importam com a ausência de fato ou demonstração de responsabilidade direta ou indireta da Presidente, sabe por quê? Porque além de imbecis são golpistas e canalhas.
Ademais, a Constituição, no artigo 52, dá como atribuição do Senado “processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade”. Portanto, tem de haver comprovação de conhecimento direto, existe a obrigação de agir, então essa obrigação existe para os senadores também. Coerentemente, ele deveria propor a cassação do mandato de todos os senadores por crime de responsabilidade, o que é evidente absurdo. Há um jogo evidentemente político tentando criar uma aparente fundamentação jurídica que, de fato, não existe. É pura tentativa de criar uma aparência de legalidade quando o que existe é um objetivo político, nada mais.
E não é só. Os depoimentos recentes na delação premiada indicaram que os desvios datam pelo menos desde 1997 e teriam chegado ao auge em 2000. Se isso se comprovar, poderia resvalar de alguma forma no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o que demonstra que o nojento esquema de corrupção era hermeticamente protegido e escondido.
Paralelamente acaba de ser publicado no jornal francês Le Monde uma matéria a respeito da empresa francesa Alstom, que atua no metrô brasileiro, e que, segundo o jornal, já em 1998 praticava corrupção no Brasil. Em 1998, o presidente era o Fernando Henrique Cardoso. Então (pela mesma lógica do Professor Gangra) ele deveria perder os direitos políticos? Ele deve ser considerado conivente? Foi omisso? Permitiu que uma empresa estrangeira praticasse corrupção no Brasil? Isso mostra, também, o absurdo dessa tentativa de criar uma imagem de responsabilidade jurídica quando não há de fato nenhum fundamento para essa responsabilização.
Penso que os imbecis que defendem uma ruptura institucional são o que são: imbecis, canalhas e golpistas autoritários, incapazes de realizar o debate Político nas arenas próprias, ressentidos com a perda de privilégios e com a própria mediocridade revelada a todos.

Ficam essas reflexões e a proposta de debate.

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