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O “18 BRUMÁRIO DE LUIZ BONAPARTE”

Brumário é o segundo mês do calendário republicano, na França (23 de outubro a 21 de novembro). Marx escreveu o “18 BRUMÁRIO DE LUIZ BONAPARTE” entre 1851 e 1952, já exilado em e militante comunista na Liga dos Comunistas ao lado de seu amigo desempenhavam papel fundamental como pensadores, intelectuais, formuladores do conteúdo e da crítica social numa liga era formada de artesãos.
Foi nessa época que eles elaboraram o Manifesto da Liga que tornou-se o Manifesto do Partido Comunista. Como intelectuais-militantes eles tinham a tarefa de apresentar UM MÉTODO para pensar a Política, para a ação Política. Antes do “manifesto” a obra de Marx é mais abstrata, a partir dele há concretude na sua produção.
O “18 Brumário de Luiz Bonaparte” é elaborado por Marx, enquanto Engels elabora na mesma época o “Revolução e contrarrevolução”. O “18”, foi chama-lo assim é uma espécie de continuação do “Luta de Classes na França” e procura responder porquê do fracasso da revolução na França e as razões do golpe de Estado de Luiz Bonaparte.

Nas quatro primeiras partes do “18” Marx faz um resumo do “Luta de Classes na França” e segue tratando dos fatos que ocorreram e culminaram com o Golpe de Estado de Luiz Bonaparte.

Por que a revolução pós-burguesa fracassou na França? Essa é a questão. Bem, fracassou porque a burguesia impediu a evolução do viés social da revolução de 1789, o fez através da renúncia ao poder político, mas manteve no poder econômico, nasce o bonapartismo de um lado e é apresentada à História uma face pragmática da burguesia, seu desejo de poder através do controle da econômica, sua face de classe e sua natureza não democrática.

A revolução francesa de 1789 teve seu momento mais encantador e forte entre 1792/94, depois disso teve início um processo de domesticação da revolução, poderemos falar sobre isso depois, que culmina com um golpe de Estado de Napoleão, é o 1º. Brumário. O regime revolucionário e o sonho de uma sociedade de iguais é varrido por Bonaparte. É o retorno dos aristocratas e ascensão da aristocracia burguesa.

Essa é a minha compreensão do “18” e sobre algumas coisas podemos refletir ainda hoje, dentre elas a capacidade que a burguesia tem de adaptar-se para manter o poder e a força de cooptação e domesticação que o capitalismo mostrou e ainda possui.


É isso que temos para hoje.

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