Pular para o conteúdo principal

O que esperar de 2013?


O que esperar de 2013? Bem, eu e meu amigo Carlos Barreto desejamos que nosso time do coração, a Ponte Preta, a nossa “Nêga Véia”, seja atrevido e rompa com o roteiro e cometa o disparate de driblar todas as previsões e possibilidades, o juiz e do público, das arquibancadas e do pay-per-view , lançando-se na proibida aventura das vitórias improváveis e inesquecíveis e tornando-se campeã Paulista, brasileira e da Copa-Sul-Americana.

A Macaca campeã seria o cenário da felicidade plena, mas até esse momento mágico vamos nos arriscar a palpitar sobre o cenário econômico para, noutro momento, falar sobre o cenário politico (afinal eles se entrelaçam e numa visão marxista a Politica é superestrutura, assim como as relações jurídicas e as demais formas de consciência social e a Economia é estrutura).
Gente séria analisa de forma bastante otimista a economia brasileira para 2013.
O economista Jim O’Neill, criador do BRIC, afirma que apesar do fraco desempenho registrado no PIB desde a segunda metade do ano de 2011 é necessário, se quisermos fazer uma análise honesta, colocar o resultado desapontador de 2011 e 2012 no contexto do ciclo brasileiro. Em 2001, 2002 e 2003 o Brasil cresceu, respectivamente, 1,3%, 2,7% e 1,1% e a partir dai acelerou.
Noutras palavras, não é possível avaliar o baixo crescimento desses dois últimos anos fora desse contexto e sem analisar-se também a crise pela qual passa o capitalismo mundial. Jim O’Neill afirma ainda que há condições de projetar-se um crescimento de 4% em 2013, percentual ainda abaixo da possibilidade, mas indicativo de uma tendência.
Outro peso pesado que crê num crescimento na casa de 4% é John Williamson. Criador da expressão “Consenso de Washington”, afirma que a desaceleração econômica no Brasil é, sobretudo, cíclica e que será apenas uma questão de tempo para a atividade econômica reagir aos estímulos feitos pelo governo.
Creio que o PIB é apenas um dos indicadores que devem ser objeto de atenção e preocupação e nesse sentido não podemos perder de vista que, apesar de o país vir de dois anos de baixo crescimento, temos um quadro de pleno emprego, inflação sob controle e a relação divida/PIB vem caindo de forma consistente.
E também 2012 foi um ano histórico no que concerne à taxa de juros reais no país. O juro real hoje, descontada a inflação, é de 2% a.a., a menor que eu me lembro.
Essa análise rápida nos autoriza a afirmar que 2013 será um ano muito bom para o país, para o povo brasileiro e para os setores produtivos. Espero que a Ponte Preta nos coroe com um titulo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DA FAMÍLIA CORLEONE À LAVA-JATO

A autolavaggio familiare agiu e reagiu, impondo constrangimento injusto ao atacar a reputação de advogados honrados. Me refiro a Roberto Teixeira e Cristiano Zanin. Já perguntei aqui no 247 [1] : “ Serão os jovens promotores e juízes "de baixa patente" os novos tenentes" Penso que sim, pois assim como os rebeldes do inicio do século XX, os jovens promotores e juízes, passaram a fazer política e interferir nas instituições e estruturas do Estado a seu modo. Mas em alguns momentos as ações e reações deles lembram muito a obra de Mario Puzzo. As ideais dos rebeldes do início do século XX, assim como dos promotores e juízes desde inicio de século XXI, eram ao mesmo tempo conservadoras e autoritárias; os tenentes defendiam reformas políticas e sociais - necessárias naquele momento -, e no discurso estavam presentes os sempre sedutores temas do combate à corrupção e defesa da moralidade política. Deltan Dallagnol e Sérgio Moro representam os jovens promotores e juízes d...

INDEPENDÊNCIA? QUAL?

Aprendemos que no dia 7 de setembro o Brasil emancipou-se e que, por ato de bravura e nacionalismo de um príncipe português, libertou-se do jugo do colonizador. Será? Mas  somos de fato uma nação i ndependente? A nossa carta política é conhecida e respeitada por nossos lideres? Bem, de 1985 a 2013 é possível dizer que sim, mas depois da visita de Joe Biden em 2013 e das marchas de junho do mesmo ano, depois da operação Lava-Jato e do golpe de 2016 podemos dizer que vivemos em um estado de permanente risco de ruptura institucional, com militares assanhados pelo retorno de um regime autoritário. É possível fazermos um paralelo entre o IPES , o IBAD e a Operação Brother Sam , com o MBL e seus pares, a propaganda nas redes via fake news e a Operação Lava-Jato, apesar do lapso de cinquenta anos, é possível afirmar que ambas tem a origem na sanha imperialista estadunidense, inaugurada em William Mckinley. Fato é que a partir de meados dos anos 1950 (assim como em 2003), o Bras...

SOBRE PERIGOSO ESTADO MINIMO

O governo Temer trouxe de volta a pauta neoliberal, propostas e ideias derrotadas nas urnas em 2002, 2006, 2010 e 2014. Esse é o fato. Com a reintrodução da agenda neoliberal a crença cega no tal Estado Mínimo voltou a ser professada, sem qualquer constrangimento e com apoio ostensivo da mídia corporativa. Penso que a volta das certezas que envolvem Estado mínimo, num país que ao longo da História não levou aos cidadãos o mínimo de Estado, é apenas um dos retrocessos do projeto neoliberal e anti-desenvolvimentista de Temer, pois não há nada mais velho e antissocial do que o enganoso “culto da austeridade”, remédio clássico seguido no Brasil dos anos de 1990 e aplicado na Europa desde 2008 com resultados catastróficos. Para fundamentar a reflexão e a critica é necessário recuperarmos os fundamentos e princípios constitucionais que regem a Ordem Econômica, especialmente para acalmar o embate beligerante desnecessário, mas sempre presente. A qual embate me refiro? Me ref...