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A guerra dos juros: Mais uma vitória. Dá-lhe Dilma!


A revista Veja escreveu outro dia que "não se abaixam os juros no grito", bem errou novamente, pois os maiores bancos privados do Brasil, Bradesco e Itaú, anunciaram a redução das taxas de juros de linhas de crédito ao consumidor. E antes deles o HSBC e Santander também fizeram anúncios semelhantes, em acordo com a política de redução de juros já iniciada pelos bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Os bancos públicos lançaram programas para oferecer taxas menores ao mercado depois de reclamações da presidente Dilma Rousseff sobre o patamar dos juros praticados pelo sistema financeiro no Brasil.
Desde então, o governo pressionava as instituições privadas a aderir ao movimento para diminuir as taxas oferecidas ao mercado. A medida seria também uma forma de estimular a economia para garantir um nível de crescimento mais robusto neste ano.
Desavisados ou "especialistas" de má-fé esbravejavam dizendo que essa interferência do governo seria abusiva e autoritária, que o mercado é que tinha de regular isso, etc e tal... Não vou nem comentar essa bobagem, indico aos "desavisados" e aos "especialistas" que leiam o artigo 174 da Constituição Federal antes de panfletarem bobagens...
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
No anúncio desta quarta-feira, o Bradesco afirma que a redução está em “consonância com os objetivos de estímulo ao crescimento econômico”. O Itaú cita os cortes na taxa básica de juros e diz que a decisão contribuirá para o “processo de desenvolvimento nacional”.
Mais uma vitória. Dá-lhe Dilma!

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