Acabei de reler a entrevista do Senador Cristovam Buarque à Veja. A primeira vez que li não acreditei que Cristovam Buarque, a quem conheci ainda reitor da UNB em 1991 proferindo uma palestra na abertura da Convenção Nacional do PSB daquele ano, pudesse ter sido vencido pelo ressentimento e pudesse ainda prestar-se a falar a um panfleto antidemocrático como Veja. Passaram-se quase 25 anos daquela convenção, onde convivemos intensamente com os depois Ministros Roberto Amaral, Jamil Haddad e Antonio Houaiss, Miguel Arraes, Maria Luiza Fontenele, João Capiberibe, Raquel Capiberibe, dentre outros grandes socialistas do Brasil. Mas ler que Cristovam Buarque é capaz de malandramente descontextualizar o pedido de impeachment contra Dilma e afirmar, hipócrita, que “ impeachment não é golpe, (...)” e que o fato de existirem ministros investigados por corrupção contamina Dilma (mesmo não sendo ela citada), nas suas palavras: “ O nome dela não aparece, mas ela é chefe desse pes...
Pedro Benedito Maciel Neto