
Mas isso
tudo não seria tão trágico se não tivéssemos instalado em Curitiba um Tribunal do Santo Oficio, um “tribunal”
que se desqualifica a cada semana como órgão do Poder Judiciário, o que envergonha
as polícias, o ministério público e todos os Juízes desse país.
Por quê?
Porque já ficou evidenciado que o
objetivo dos “tomás de torquemada de Curitiba”
não é investigar, denunciar e punir corruptos e corruptores, trata-se na
verdade de uma caça imoral ao ex-presidente Lula e de um encadeamento de atos e
encenações que buscam convencer a país que os 13 anos do PT no governo
resumem-se a esses malfeitos.
Uma
ressalva: apenas os corruptos, os corruptores e os imbecis de todo gênero são
contrários a investigações que punam os malfeitores, por isso temos de apoiar as policias, o MP, o MPF e
os órgãos do Poder Judiciário sempre. Contudo, não se pode confundir os
necessários movimentos de combate à corrupção
(que é desejo genuíno de todos nós; desejo de passar a limpo os Poderes,
Instituições e estruturas, públicas e privadas) com a esculhambação dos
princípios fundamentais de Direito, patrocinado pelos “tomás de torquemada de Curitiba”.
Na verdade não se busca apurar fatos e punir os bandidos no “Tribunal do Santo Oficio de Curitiba”, lá está sendo produzido conteúdo para difusão pela mídia partidarizada,
está sendo encenada uma peça cujo roteiro busca criminalizar a política e
colocar sob suspeição a democracia e transformar a imagem de Lula, de maior
presidente da História do país, em um delinqüente, em alguém que usou a
presidência para favorecer os poderosos e para enriquecer. Por lá tentam reescrever
a História, apagando tudo de bom que aconteceu no governo do PT ou reduzindo os
acertos e maximizando os erros.
Alguns dos “tomás de torquemada de
Curitiba” lembram aqueles funcionários da engrenagem
totalitária do livro 1984 de George Orwell que reescreviam os fatos, apagavam
arquivos e gravações para justificar o interesse tutelado no momento, sem
preocupação com a verdade ou com a História.
No “Tribunal do Santo Oficio de Curitiba” o combate à corrupção é apresentado exaustivamente como sendo a única
agenda nacional, em torno da qual o país e o governo federal devem submeter-se,
seriam obrigados a mover-se exclusivamente. Será
que é isso mesmo? Será que o combate à corrupção é a principal ação dos
governos? Penso que não, pois há uma sociedade livre, justa e solidária a ser construída
cotidianamente; temos de garantir o desenvolvimento nacional; é objetivo
erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais; assim como promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, isso está
previsto no artigo 3° da Constituição Federal. Além disso, há o combate à
miséria; o permanente combate à inflação; os cuidados com a política
macroeconômica; os necessários investimentos em infra-estrutura; as políticas
públicas no campo da educação, da saúde e da cultura.
Pobres dos “tomás
de torquemada de Curitiba”, serão julgados pela História e terão no futuro
a mesma importância e grandeza dos membros da conhecida “Republica do Galeão” e
serão fonte de vergonha para seus filhos, netos e bisnetos.
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