A
aristocracia urbana se manteve unificada durante todo o processo de (i) judicialização da política e (ii) criminalização seletiva da política e
dos políticos, que comemorou a (iii) espetacularização
dos fatos judicilizados (o que ocorreu graças à diligente mídia
corporativa), cenário e ambiente perfeito para o (iv) golpe de Estado, para o retono da (v) censura e implantação de um (vi) Estado de Exceção, mas dá sinais que uma ruptura que tem razões
obvias e desfecho igualmente previsível.
Mas
quem são aristocratas urbanos ou neo-aristocratas?
Bem,
a neo-aristocracia urbana pode ser definida como um grupo constituído por
integrantes de camadas sociais com grande poder político e econômico, mas que não
são plutocratas, são vassalos desses últimos.
Esses
neo-aristocratas possuem privilégios absurdos em relação às outras classes
sociais ou categorias profissionais e se antigamente eram detentores de grandes
propriedades rurais e tinham uma grande influência na condução da vida política
de seus países, hoje ocupam posições fundamentais na burocracia e, sempre a
serviço da plutocracia, mantém ou ampliam seus privilégios batizados
cinicamente de direitos adquiridos.
Gilmar
Mendes, Janout e Moro são representantes dessa neo-aristocracia, vassalos da
plutocracia, estiveram lado a lado na criminalização do PT, caça ao Lula e
validação do Golpe de Estado e execução da agenda liberal, derrotada nas urnas
em 2002, 2006, 2010 e 2014.
Michel
Temer será cassado pelo TSE e eleições indiretas acontecerão.
Os
candidatos nas indiretas são de um lado Gilmar Mendes e de outro lado a dupla
Janout | Moro, personagens que estavam no mesmo campo político até pouco tempo,
hoje não estão mais, pois os interesses apresentam pontos de colidência cada
vez mais evidentes.
Gilmar
Mendes terá por tarefa impedir que as delações atinjam o pessoal do PSDB e do PMDB,
seguir as reformas liberais e pavimentar o caminho para um tucano disputar e
vencer as eleições em 2018.
E
do outro lado a dupla Janout | Moro tentará tomar o poder através das eleições
indiretas, aprofundar a criminalização da política e relativizar a democracia,
institucionalizando a submissão do Poder Executivo ao Ministério Público e o
Poder Legislativo ao Judiciário.
O
que fazer? Povo na rua.
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