Contínuo é
aquele auxiliar para serviços
gerais, office-boy. Esse deve ser o papel que a História reserva
ao Juiz Sérgio Moro e aos procuradores da operação Lava-Jato.
E
não se trata aqui de firmar oposição às operações tão necessárias das policias,
especialmente as da Policia Federal, mas de buscar entender os “por quês” de
tudo que está ocorrendo, suas verdadeiras causas e as consequências imediatas e
mediatas.
A nossa obrigação é apoiar toda ação de natureza republicana e que represente um passo adiante na construção permanente de nossa nação, mas segundo o nosso próprio “figurino” e para atender os interesses nacionais, mas Moro e os Golden Boys do MPF estão professando certezas de além-mar, como se o Brasil fosse uma colônia do império estadunidense. Temos de manter o olhar crítico, pois nos interesse o bem comum, a justiça social e o desenvolvimento humano, além do econômico.
A História
é serva da Verdade e está, prima-irmã da Justiça, por isso
com o Tempo (eterno aliado da Verdade) haverá de emergir fatos
sem véus e sem a paixão presente no coração daqueles que vivem a dor pela
quebra da institucionalidade através de um golpe de características únicas, um
golpe que pretende manter no poder por décadas, mesmo sem votos, os servos dos
interesses do império.
Mas por que Moro
seria um contínuo?
Para compreender a
tese é necessário que lembremos do livro “Quem
pagou a conta? ”, da historiadora britânica Frances Stonor Saunders, o qual
que já citei aqui no 247[1].
No livro ela
apresenta a tese de que a instrumentalização da “cultura” foi um dos mecanismos
de dominação e força dos Estados Unidos em relação a artistas e intelectuais de
todo o mundo durante a Guerra Fria; fundações e o departamento de estado dos
EUA financiavam todos que se incumbissem de trabalhar como multiplicadores da
visão liberal do império.
Sabemos que a dominação
ainda ocorre e de outras formas, como o controle dos meios de
comunicação, das artes e da cultura que influenciam e dominam, virtualmente,
quase todos os povos, sobretudo no Ocidente, etc. Penso que Moro, Janot e os
Procuradores da Lava-Jato foram domesticados e são dominados pelo American way off life, todos eles, pelo
que li, estudaram em universidades americanas e frequentemente estão por lá.
O intelectual Luiz
Alberto de Vianna Moniz Bandeira em entrevista recente, citando o
historiador John Coatsworth, disse que entre 1898 e 1994, os Estados Unidos
patrocinaram, na América Latina, 41 casos de “successful” de golpes de Estado para mudança de regime, “o que
equivale à derrubada de um governo a cada 28 meses, em um século”, uma prova
inexorável de que no país dos bravos não há amor pela democracia.
Outro dado: após a Revolução Cubana, os Estados Unidos, em
apenas uma década, a partir de 1960, ajudaram a derrubar nove governos, cerca
de um a cada três meses, mediante golpes militares, como no Brasil.
Depois de 1994, outros métodos, que não militares, foram
usados para destituir os governos de Honduras (2009) e Paraguai (2012), sobre o
que já escrevemos aqui no 247[2].
No Brasil, o impeachment da presidente Dilma Rousseff
constituiu um golpe de Estado necessário a atender interesses estrangeiros, da elite
financeira internacional, dos aliados de setores do empresariado, com o
objetivo de regime change, apoiado pela mídia
corporativa e por camadas das classes médias, sensíveis às denúncias de
corrupção transformadas em reality show
e há evidências, diretas e indiretas, de que os Estados Unidos influíram e
encorajaram a lawfare.
Nesse contexto entra a figura obscura do juiz de
primeira instância Sérgio Moro, condutor do processo contra a Petrobras e
contra as grandes construtoras nacionais, segundo Moniz Bandeira, servil
prepara-se para a tarefa desde 2007, nos cursos promovidos pelo Departamento de
Estado; seguiu em 2008, quando participou de um programa especial de
treinamento na Escola de Direito de Harvard, em conjunto com sua colega Gisele
Lemke e em outubro de 2009, participou ainda da conferência regional sobre
“Illicit Financial Crimes”, promovida no Rio de Janeiro pela Embaixada dos
Estados Unidos.
Sabe-se que a Agência Nacional de Segurança (NSA), que
monitorou as comunicações da Petrobras, descobriu a ocorrência de
irregularidades e corrupção de alguns militantes do PT e, possivelmente,
forneceu os dados sobre o doleiro Alberto Yousseff ao juiz Sérgio
Moro, já treinado em ação multi-jurisdicional e práticas de investigação,
inclusive com demonstrações reais (como preparar testemunhas para delatar
terceiros).
Mas,
e os efeitos positivos da Lava-Jato? Devem existir e o Tempo poderá mostrar,
mas hoje o que se revela é o contrário, assim como revela que o estamento burocrático é o elemento fundamental do atraso
do país, exatamente porque mantém a cultura aristocrática de um passado que não
pretende esquecer, tanto que se veste com mantos negros para se diferenciar,
trabalha em palácios e reúne-se em cortes para arbitrar as questões que lhes
são postas a decidir, sem preocupar-se com o povo, apenas com o mérito.
Esse estamento burocrático é fruto do patrimonialismo e
dele servo leal; Moro vive essa realidade. O patrimonialismo controla a
economia, política e a criação das leis, além da sua aplicação e fiscalização,
é disso que se trata todas as coisas que nos inquietam.
O Poder Judiciário e o Ministério Público foram
ideologicamente capturados por um sistema político e econômico no qual o poder
é exercido pelo grupo mais rico e aceitam com naturalidade essa concentração de
poder nas mãos da elite econômica, não se incomodando que essa concentração
venha acompanhada de profunda desigualdade de renda e baixo grau de mobilidade
social.
Como exemplo dos “serviços” prestados por Moro podemos
citar os efeitos sociais e econômicos da Lava-Jato, que em razão de seu
provável compromisso e alinhamento ideológico com a plutocracia internacional,
é o culpado pela perda de 140 bilhões de reais no PIB nacional em 2015.
Daí a pertinência da questão: seria Moro um continuo do
império?
Mas não é só ele que vai prestar
contas com a História. Segundo Moniz Bandeira outro é Rodrigo Janot, mas os
comentários ficam para outro dia.
Todos os PeTralhas, ¿já observaram?, são BARANGOS e o mesmo vale para as PeTralhas, que são BARANGAS. Kitsch e de mau gosto.
ResponderExcluirSerá por quê?
ESSE É O BRASIL DE 13 anos de PeTê...
o Petismo é de um vigarismo & picaretagem simultâneas!
O PT (juntamente com seus Satélites: PSOL -- esquerdalha CAVIAR; PCdoB) adora PICHAÇÕES e todo tipo de breguices. O mesmo se pode falar de uma tal de Coração Valente©: baranguice política.
A educação, como desejava Cristovam Buarque ainda no ínicio desse século com um projeto fabuloso, abortado pelo populista & vigarista Lula em seu 1º governo, tinha que ter sido PRIORIDADE. Não foi. Eis aí o PeTê.
Sim, é hora de se livrar dos trastes. Mas também dos TRASTES DE suposta ESQUERDA.
E quanto as questões políticas atuais no Brasil, discutidas, só sei que o primordial é o seguinte:
o LULOPETRALHISMO (muitas vezes “esquecido” de crítica dos blogs…):
Lula = perigo pra volta à normalidade. Prejuízo. Com papo rocambolesco. Engana-trouxa. Retrógrado, nivela por baixo. Mentiroso VIGARISTA, PeTralha, Picareta CONTUMAZ. Charlatão, certamente! Amado por inteligentinhos caviares (ditos "intelectuais"): de araque, tal qual CHICO BUARQUE.
Lula foi incompetente quando apostou na mulher ignorante em ECONOMIA cujo nome é Dilma Rousseff.
PT tem orgulho de se dizer esquerda (sente-se com esse papo, vaidade de se "acharem"). PT, pseudo-esquerda. Hipocrisia publicitária, propaganda.
PT (sobretudo Lulismo) estava a fazer Campanha (a infiltrar em bloco de Carnaval, disfarçado).
PT fala que PICHAÇÃO é ARTE. rsrsrs. Eis aí o que se denomina PROGRESSISTA!!
Assim caminha o brega & o Kitsch do Petismo.