Sou leitor e fã do texto e do
conteúdo do Jornalista Mauro Santayana. Para
quem não sabe ele nasceu no Rio Grande do Sul, em 1932 e embora
tenha estudado apenas até o segundo ano do antigo primário, o equivalente ao
atual terceiro ano do ensino fundamental, ocupou, como jornalista autodidata, cargos destacados nos principais órgãos da imprensa
brasileira, especialmente na mídia impressa, como Folha de S. Paulo, Gazeta Mercantil, Correio Brasiliense e Jornal do Brasil, no qual mantém uma coluna sobre política. Também escreve regularmente para a Carta Maior, é comentarista de televisão e mantêm um blog, onde escreve
artigos e crônicas sobre política, economia e relações
internacionais. Meu
avô Pedro era um autodidata, talvez por isso eu o admire tanto.
E segundo o jornalista a verdade é
que a administração do PSDB à frente do executivo federal foi um caos.
Santayana usa dados do
Banco Mundial para afirmar que o PIB do Brasil,
que era de 534 bilhões de dólares, em 1994, caiu para 504 bilhões de dólares,
quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, oito anos depois. Essa é a
verdade.
E o PIB sob a
administração de Lula e Dilma subiu, extraordinariamente, dos 504 bilhões de
dólares, em 2002, para 2 trilhões, 346 bilhões de dólares, em 2014". E
isso apesar de no tempo do governo tucano ter vendido mais de 100 bilhões de
dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebrás, a
Vale do Rio Doce e parte da Petrobras. Ou seja, o PSDB, esse partido que vai
salvar o Brasil do PT, reduziu 8% o PIB em oito anos e vendeu bilhões em
ativos... É possível dizer que FHC e sua horda deram um prejuízo de 130 bilhões
de dólares ao país? Que respondam os economistas liberais e os
desenvolvimentistas.
Outro
documento fundamental é a carta que Theotonio dos Santos escreveu a Fernando Henrique Cardoso em 2010, durante o processo eleitoral. Theotonio dos Santos Júnior,
nascido em Carangola, em
1936 é um economista brasileiro e um dos formuladores da teoria da
dependência,
atualmente é um dos principais expoentes da teoria do
sistema-mundo; Mestre em Ciência Política pela UNB, doutor em economia pela Universidade
Federal de Minas Gerais. Professor emérito da Universidade
Federal Fluminense. Coordenador
da Cátedra e Rede da UNESCO e da ONU sobre economia global e desenvolvimento
sustentável (a REGGEN). Autor de 38 livros, coautor ou colaborador de 78 livros, com 150
artigos publicados em revistas científicas, e uma vasta colaboração na imprensa
periódica, seus trabalhos foram publicados em 16 línguas.
Theotonio
dos Santos Júnior afirma com todas as letras que o plano Real não derrubou a
inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro.
A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o
governo tucano e o real foi durante toda era FHC uma moeda drasticamente
debilitada.
Essa afirmação seria
algo evidente, pois quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por
vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. Theotônio
afirma que FHC e os seus “SHIT BOYS”, que conduziram a economia naqueles
tempos, de maneira suicida mantiveram artificialmente o real apreciado, com um
alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Theotônio, sem meias
palavras lembra que o governo FHC foi um fiasco no que diz respeito ao rigor
fiscal, pois elevou a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais em 1994
para mais de 850 bilhões, oito anos depois. Ele diz muito mais... Merece ser
lida a carta.
O que estou querendo
dizer?
Bem, se a presidente Dilma errou a mão na condução da politica
macroeconômica (não sei se errou de fato), não serão os tucanos a dizer o que
deve ser feito...
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