Encontrei esse belo material e compartilho com vocês. Esse é o link do video: https://www.youtube.com/watch?v=Ut7drCi2mts
Trata-se de uma entrevista de quase 30 minutos com Bertrand Russel. Aqueles que acreditam como eu, que o intelecto livre e o amor são os principais ou únicos motores válidos do progresso humano, não pode deixar de ser fundamentalmente contra tanto o (i) mercado e sua lógica, contra o tal (ii) comunismo que se praticou na URSS ou sob sua inspiração, (iii) quanto à Igreja de Roma.
As esperanças que inspiram cada um deles, em geral, tão admiráveis, mas eles são postos em prática com fanatismo e tendem portanto a fazer muito mal. Todo fanatismo é deformador do sonho e neutralizador das possibilidades. Por isso vale a pena ler Russel, que eu já citei aqui nesse blog...
Russell passou os anos 1950 e 1960 envolvido em várias causas políticas, principalmente relacionadas com o desarmamento nuclear e a oposição à Guerra do Vietnã . O Manifesto Russell-Einstein de 1955 foi um documento pedindo o desarmamento nuclear assinado por 11 dos físicos nucleares mais proeminentes e intelectuais da época. Ele escreveu muitas cartas aos líderes mundiais durante este período, e esteve em contato com Lionel Rogosin enquanto o último estava filmando seu filme anti-guerra Good Times, Wonderful Times, em 1960.
Tornou-se um herói para muitos dos membros da juventude da New Left. No início de 1963, em particular, Russell tornou-se cada vez mais crítico quanto à desaprovação do que ele sentia serem políticas quase genocidas do governo dos EUA no Vietnã do Sul. Em 1963, Russell tornou-se o destinatário inaugural do Jerusalem Prize, um prêmio para os escritores preocupados com a liberdade do indivíduo na sociedade. Em outubro de 1965, ele rasgou o cartão do Partido Trabalhista InglêsLabour Party, porque suspeitava que o partido iria enviar soldados para apoiar os EUA na Guerra do Vietnã. Ao longo de sua vida Russell escreveu diversos livros e ensaios criticando e propondo novas soluções para a sociedade em diferentes momentos, desde a virada do século XIX até boa parte do século XX. Em Roads to Freedom: Socialism, Anarchism, and Syndicalism, o autor sugere um modelo de Socialismo de Guilda, alternativo ao das principais correntes da época, como Socialismo Soviético, Capitalismo Industrial, Imperialismo, Neocolonialismo, baseando-se em críticas ao próprio Socialismo, bem como ao Anarquismo e ao Sindicalismo.
Russell propõe um novo modelo de sociedade baseado em valores como justiça social, máxima liberdade individual e mínimo de controle eopressão de poderes centrais sobre os indivíduos, porém com grande papel do estado para assuntos econômicos e financeiros. Seus pensamentos são baseados no socialismo de guilda e no anarquismo.
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