"A história do Ocidente nos coloca diante de um paradoxo, que bem pode ser compreendido a partir da história de seu pais-guia atual: a democracia, no âmbito da comunidade branca, desenvolveu-se simultaneamente à existência de relações de escravidão dos negros e deportação dos índios. Por trinta e dois anos, dos primeiros trinta e seis anos de vida dos Estados Unidos, proprietários de escravos detiveram a presidência, assim como foram proprietários de escravos os que elaboraram a Declaração da Independência e a Constituição." (Losurdo, in "O pecado original do século XX)
Ou seja, compreender o conceito de "liberdade" do american way of live exige não perder de vista esse fato histórico, bem como não se pode perder de vista as palavras de Roosevelt "Não chego a acreditar que os índios bons sejam apenas os índios mirtos, mas acredito que nove em dez sejam assim; e não gostaria de me aprofundar muito sobre o decimo".
E não se pode esquecer também que John Hobson afirmou que a expansão colonial caminha paralelamente ao "extermínio das raças inferiores que não podem ser exploradas com lucro pelos colonizadores brancos superiores."
Assim são a democracia e a liberdade na qual o tal liberalismo, neoliberalismo, capitalismo acreditam, não há outra.
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