Pensar nos movimentos de junho é pensar que existe uma de uma grave crise de representatividade política e institucional.
Mas por quê? Penso que não há “uma” razão, mas várias. E um dos elementos constitutivos da crise de representatividade a hegemonia mundial do capital financeiro, pois os governos hoje estão reféns e completamente engessados do ponto de vista orçamentário pela lógica da sustentabilidade da divida pública e pelo capital financeiro.
Alguém afirmou que vivemos um tipo de fascismo societário onde o povo decide uma coisa e esse grande poder do capital tem que enquadrar para outra coisa.
O modelo ocidental-liberal da democracia representativa está cada vez mais distorcido e chega num momento de esgotamento pelo peso que o poder econômico exerce no processo eleitoral. O financiamento privado das campanhas gera um distanciamento entre a sociedade, o cidadão e o seu representante que se vincula ais interesses de seu financiador.
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