O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram seu ânimo. Ele segue sua
vida militante e nos oferece como exemplo seu otimismo e confiança no povo
brasileiro. Parece nada recear e serenamente segue fazendo de sua vida História.
Me refiro a José Dirceu de Oliveira e Silva.
Zé Dirceu foi cassado
pela Câmara dos Deputados e condenado pelo STF de forma ilegal, injusta e
desumana como parte do movimento reacionário que quer a esquerda e os progressistas
longe do Palácio do Planalto. Foram forças reacionárias, setores oligárquicos, elitistas e colonizados
que coordenaram-se e desencadearam sobre Zé Dirceu – que ao lado de Lula era o representante maior do
governo e dos setores progressistas - foi acusado, insultado, caluniado e não
lhe deram jamais o beneficio da dúvida ou de forma efetiva e genuína o direito
de defesa.
Quando falo em forças
reacionárias me refiro aos mesmos setores que no passado "colaram" em
Getulio, JK, João Goulart o rotulo de "corrupto" para logo depois
darem golpes à democracia. Esse é o jogo da elite: o golpe. Mas por quê? Quais
interesses esses senhores defendem? Talvez os golpistas e seus interlocutores
estejam irritados e se reúnam porque o governo brasileiro distribui renda, como
no sistema escandinavo, a fim de sustentar um ainda tímido, mas necessário, “welfare state”, como fez Lula e faz Dilma
com o Bolsa-Família. É contra políticas públicas como essas reúnem-se bacharéis
e banqueiros, políticos, alguns jornalistas e inocentes úteis.
José Dirceu de Oliveira e Silva, herói de uma
geração, estava condenado antes de ser acusado, pois assim estava decidido por
esses setores e a mídia incumbiu-se de tornar a versão “a verdade, pois a mídia sempre pré-julga. E
no caso do mensalão, pré-julgou. A pessoa que corresponde às expectativas
da mídia passa a ser o herói nacional e quem não corresponde passa a ser o
vilão. Esse é um problema muito sério, que se vê, sobretudo, em casos
criminais. O mensalão é um caso criminal, de pressão da mídia que forma a
opinião pública. Não é a pressão da opinião pública, porque a opinião pública é
manejada pela mídia.
Precisavam sufocar a sua voz e impedir a sua ação,
para atingir toda a esquerda e a Presidência da República, então legitimamente
ocupada por Lula.
Assim, Zé Dirceu foi cassado pela segunda vez em
sua vida e era, aos olhos das hienas e abutres, “necessário” para que ele não pudesse
como Ministro de Estado ou Deputado Federal, defender-se, defender o projeto
social-desenvolvimentista e os interesses nacionais e latino-americanos a
partir da defesa do povo mais humilde. Reside ai a causa efetiva da cassação,
da condenação, do sofrimento e do processo medieval imposto a ele, com ares de
legalidade e cobertura
Mas Zé Dirceu segue seu destino. Destino que lhe é imposto, mas ele sabe que depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, ele participou de uma verdadeira revolução democrática e ajudou a levar pela primeira vez na História do Brasil um representante do povo brasileiro ao palácio do Planalto.
Com a vitória de Lula iniciou-se de fato o trabalho de libertação do
país da servidão e vassalagem vigente desde o século XVI e a instauração o
regime de liberdade social e a implantação de políticas públicas que tem se mostrado
efetivas e necessárias.
A cassação e condenação de Zé Dirceu atende aos interesses dos grupos
internacionais desejosos da desnacionalização do Brasil, grupos e interesses
aos quais aliaram-se os grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia
do trabalho, do aumento real do salário-mínimo, do desenvolvimento econômico
aliado ao desenvolvimento social, a esses vermes só interessa os lucros das
companhias, sua remessa às matrizes e o pagamento de altos os dividendos aos
acionistas. As hienas e abutres querem privatizar a PETROBRAS e o Banco do Brasil,
pois não querem uma nação, interessa a esses seres a impessoalidade das
corporações.
A calunia, através da propaganda indecente, é a arma das hienas e dos
abutres.
Mas Zé Dirceu enfrenta tudo com luta e dignidade,
mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante,
incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim
mesmo, pois sabe o valor de sua obra e tem a consciência limpa. Talvez seja
essa uma das razões pelas quais seus amigos estão e estarão com ele, não haverá
desamparo. As aves de rapina querem sangue, querem continuar sugando o povo
brasileiro, e contra isso Zé Dirceu oferece seu silencio como fortaleza e sua consciência
como exemplo. E aos que o pensam derrotado ele responde com um sorriso largo e
generoso e com atos que buscarão a afirmação de seus direitos pelas vias
democráticas e institucionais, um exemplo.
Comentários
Postar um comentário