Todos devem assistir o filme “Clube da luta” do diretor David Fincher de vez em quando...
No filme Jack (Edward Norton) é um executivo jovem, trabalha
como investigador de seguros, mora confortavelmente, mas ele está ficando cada
vez mais insatisfeito com sua vida medíocre. Para piorar ele enfrenta uma
terrível crise de insônia, até que encontra uma cura inusitada para a sua falta
de sono ao freqüentar grupos de auto-ajuda. Nesses encontros ele passa a
conviver com pessoas problemáticas como a viciada Marla Singer (Helena Bonham
Carter), mas é noutra circunstância ele conhece Tyler Durden (Brad Pitt).
Misterioso e cheio de ideias, Tyler apresenta para Jack um grupo secreto que se
encontra para extravasar suas angústias e tensões através de violentos combates
corporais.
O filme apresenta uma
critica dura a toda uma geração a qual, nas palavras de Tyler Durden tem um
enorme potencial, mas o desperdiça, pois a
propaganda coloca as pessoas correndo atrás de carros e roupas, trabalhando em
empregos que não gostam para comprar “merdas inúteis”, nas palavras da
personagem. Seriamos “... uma geração sem peso na história.
Sem propósito ou lugar.”, pois não teríamos uma grande causa pela qual lutar, não temos uma Guerra Mundial, nem uma Grande Depressão, por isso o filme afirma que a nossa guerra seria a espiritual. E Tyler afirma: “Nossa Depressão, são nossas vidas. Fomos criados através da TV para acreditar que um dia seriamos milionários, estrelas do cinema ou astro do rock. Mas não somos. Aos poucos tomamos consciência do fato. E estamos muito, muito putos. Você não é o seu emprego. Nem quanto ganha ou quanto dinheiro tem no banco. Nem o carro que dirigi. Nem o que tem dentro da sua carteira. Nem a porra do uniforme que veste. Você é a merda ambulante do Mundo que faz tudo pra chamar a atenção. Nós não somos especiais. Nós não somos uma beleza única. Nós somos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo.”.
Sem propósito ou lugar.”, pois não teríamos uma grande causa pela qual lutar, não temos uma Guerra Mundial, nem uma Grande Depressão, por isso o filme afirma que a nossa guerra seria a espiritual. E Tyler afirma: “Nossa Depressão, são nossas vidas. Fomos criados através da TV para acreditar que um dia seriamos milionários, estrelas do cinema ou astro do rock. Mas não somos. Aos poucos tomamos consciência do fato. E estamos muito, muito putos. Você não é o seu emprego. Nem quanto ganha ou quanto dinheiro tem no banco. Nem o carro que dirigi. Nem o que tem dentro da sua carteira. Nem a porra do uniforme que veste. Você é a merda ambulante do Mundo que faz tudo pra chamar a atenção. Nós não somos especiais. Nós não somos uma beleza única. Nós somos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo.”.
Será que é isso mesmo?
Não sei... Mas vivemos inegavelmente sob uma lógica muito triste e
cruel, a lógica do consumo, a lógica da eficiência da produção e do lucro pelo
lucro, a lógica que exige padrões de comportamento e nos conduz para a estética
descartável, para relações descartáveis. Isso tudo é resultado da lógica de um
sistema econômico que forjou uma cultura. Isso é muito triste, pois a beleza, a
bondade e a verdade perderam a unicidade e se fragmentaram nesse mundo que
Bauman chama de “liquido”.
Para os gregos a beleza, a
bondade e a verdade eram uma coisa só, hoje estão fragmentados e condicionados
a padrões e interesses privados. É como se antigamente fossemos todos artistas,
autores e protagonistas da nossa própria vida e hoje nos deixamos reduzir a
consumidores apenas, apesar de o Homem moderno dever ser movido pela razão e
dever ser livre nas suas escolhas.
Identifico nesse ponto a
genialidade de Fritz Lang, Charlie Chaplin e de Andy
Wachowski e Larry
Wachowski, os quais, respectivamente em METROPOLIS, TEMPOS MODERNOS
e MATRIX denunciam o perdimento do “eu” para o mercado e sua lógica.
Temos que caprichar na construção
dessa obra chamada vida e não nos contentarmos em fazer apenas um rascunho
dessa oportunidade. Podemos ser conduzidos pelo mundo ou conduzi-lo. A escolha
é nossa. Temos de "fortalecer" o nosso "ser interior", pois
é ele que nos conduz pelo "exterior" e é o "ser exterior"
que conduz e transforma o mundo ou, contemporaneamente, nos transforma em
consumidores e, creiam, somos muito mais do que isso.
As experiências de
felicidade e de dor nos humanizam, ou seja, a vida vivida nos humaniza... Vamos
tomar as rédeas e conduzir isso tudo. Temos de transcender nesse mundo e para
ele, e não para outro mundo. Temos de transcender na imanência. Temos de nos
amar como se não houvesse amanha, pois na verdade não há.
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