"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de
amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário.
E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.”
Bertolt Brecht
É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário.
E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.”
Bertolt Brecht
Vivemos sob uma lógica muito triste e cruel, a lógica
do consumo, a lógica da eficiência, a lógica que exige padrões de comportamento
e nos conduz para a estética descartável, para relações descartáveis. Isso tudo
é resultado da lógica de um sistema econômico que forjou uma cultura. Isso é
muito triste, pois a beleza, a bondade e a verdade perderam a unicidade e se
fragmentaram nesse mundo que Bauman chama de “liquido”.
Para os gregos a beleza, a bondade e a verdade eram
uma coisa só, hoje estão fragmentados e condicionados a padrões e interesses
privados. É como se antigamente fossemos todos artistas, autores e
protagonistas da nossa própria vida e hoje nos deixamos reduzir a consumidores
apenas...
Identifico nesse ponto a genialidade de Fritz Lang,
Charlie Chaplin e de Andy
Wachowski e Larry
Wachowski, os quais, respectivamente em METROPOLIS, TEMPOS MODERNOS
e MATRIX denunciam o perdimento do “eu” para o mercado e sua lógica.
Temos que caprichar na construção dessa obra
chamada vida e não nos contentarmos em fazer apenas um rascunho dessa
oportunidade. Podemos ser conduzidos pelo mundo ou conduzi-lo. A escolha
é nossa. Temos de "fortalecer" o nosso "ser interior", pois
é ele que nos conduz pelo "exterior" e é o "ser exterior"
que conduz e transforma o mundo ou, contemporaneamente, nos transforma em
consumidores e, creiam, somos muito mais do que isso.
As experiências de felicidade e de dor
nos humanizam, ou seja, a vida vivida nos humaniza... Vamos tomar as rédeas e
conduzir isso tudo. Temos de transcender nesse mundo e para ele, e não
para outro mundo.
Temos de transcender na imanência.
Temos de nos amar como se não houvesse amanha, pois na verdade não há.
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