O Procurador-Geral da Republica Roberto
Gurgel revelou através das suas declarações dessa semana sua verdadeira face:
ele é opositor do Governo. Suas declarações são próprias dos milicianos do
crime organizado e da oposição vazia e não de um representante do Ministério
Público. Gurgel demonstrou não ter isenção ou condições morais para seguir na
posição que ocupa, pois é evidentemente parcial e age ideologicamente em favor
de um campo político que está, s.m.j., associado ao crime organizado.
Gurgel está ao lado dos opositores
dos governos Lula e Dilma, parte da imprensa e parte da classe políticos (todos
muito provavelmente aliados e vassalos do crime organizado) e seguem repetindo,
ensandecidos, desde 2005: MENSALÃO, MENSALÃO e MENSALÃO!
São sete anos de mentiras e mais
mentiras. Mas uma mentira mesmo repetida mil vezes continua sendo o que é:
mentira...
Mas a mentira, aliada da versão e do ardil, não resiste à verdade, cujos
aliados são a Justiça é o tempo.
A parte da imprensa a qual me
refiro é a mesma imprensa que, expressa ou tacitamente, apoiou José Serra em
2010, que vem sendo generosa com o Senador Demóstenes Torres (eleito pelo
DEM-GO, aliados dos tucados desde 1994) e com outros personagens que se
associaram àquilo que Carlinhos Cachoeira representa. Aliás, o Senador
Demostenes mereceu muita generosidade por parte de Roberto Gurgel... Três anos
para tomar uma providência me parece um fato inaceitável.
E mais, essa parcela da
imprensa tem feito as vezes da “Santa Inquisição” e decidiu que Zé Dirceu é
“herege” e vem pressionando desavergonhadamente o STF para que a condenação
ocorra... Isso mesmo, a pressão não é por um julgamento justo, mas por uma
punição dura, independentemente da verdade. É a "santa inquisição"
moderna que já condenou Zé Dirceu, que o declarou herege, bruxo, mafioso... Mas
a verdade tem aliados fortes e se “há juizes em Berlim” à cidadãos honestos no
STF também e eles, com certeza, estão atentos aos fatos novos, ignorados
inexplicavelmente pelo Senhor Roberto Gurgel.
E esses opositores fizeram, fazem e
farão de tudo para politizar, partidarizar e ideologizar o que chamam de
“mensalão” e, mesmo sem provas, desprezando o Principio da Presunção da Inocência querem a condenação de
inocentes. Esses milicianos desprezam a Constituição Federal a qual prevê no
art. 5° LVII"Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado em sentença
penal condenatória" e tratam os
réus do processo, especialmente o ex-ministro Zé Dirceu, como se condenados
fossem, postura que lembra o método de propaganda do fascismo e a santa
inquisição.
O que fazem com Zé Dirceu merece
um registro: diariamente o expõem a vergonha pública, ele é tratado como se
condenado fosse, um tratamento bem diferente do que dão a Demóstenes (eleito
pelo DEM-GO), ao contraventor Carlinhos Cachoeira e a Marconi Perilo (PSDB-GO).
Essa diferença de tratamento é reveladora do caráter e da ética-marginal desses
setores.
Mas estão caindo máscaras, estão
sendo revelados fragmentos dos fatos como realmente aconteceram e esses
fragmentos, partes de um “quebra-cabeça” gigantesco, revelam que o tal MENSALÃO
é “fato inventado”, ou seja, é mentira.
Por quê? Bem, comecemos pelo que
vemos hoje... Por exemplo, o Procurador-Geral da República demorou
inexplicavelmente uma eternidade para apresentar denuncia contra o Senador
Demóstenes Torres, eleito pelo DEM-GO. O “diligente” Gurgel tinha em mãos o
inquérito da Operação Vegas desde 2009, isso mesmo em três anos não tomou
nenhuma providência, ou como dizemos “sentou em cima”... Há quem defenda que a
desídia do Sr. Gurgel caracteriza crime de responsabilidade do Procurador-Geral
da Republica previsto no número “3” do artigo 40, da Lei 1079/50.
E o leitor desavisado poderia
pensar que em se tratando de uma investigação que envolve um Senador da
República, um Governador, por tratar-se de tema de alta complexidade, ou a
alguma estratégia esse tempo seria justificável, etc. e tal. Mas não é
justificável.
Não se justifica o “cuidado” e a
“parcimônia” de Gurgel com Demóstenes (então no DEM), Cachoeira, Marconi Perilo
(PSDB-GO) e com a revista Veja quando comparados à pressa do antigo
Procurador-Geral Antonio Fernando de Souza, que apresentou a denuncia do
“mensalão” em Fevereiro de 2006, quando nem o inquérito da policia Federal e
nem o relatório da “CPI do Mensalão” estavam prontos.
Na minha maneira de ver Gurgel e
Souza praticaram, cada um a seu tempo, em tese, um crime
funcional contra a Administração Pública, um crime que consiste em retardar (no
caso de Gurgel) ou deixar de praticar devidamente ato de ofício, ou praticá-lo
contra disposição expressa de lei (no caso de Souza), para satisfazer interesse
ou sentimento pessoal. O crime denomina-se prevaricação e isso merece ser
explicado à sociedade.
E não é só. Por que Gurgel
simplesmente ignora as declarações do ex-prefeito de Anápolis-GO Ernani de
Paula ao jornalista Paulo Henrique Amorim? Estará Roberto Gurgel prevaricando
novamente? O estará a serviço, direito ou indireto, do crime organizado e seus
associados? As declarações de Ernani de Paula deveriam ser objeto de atenção e
investigação do Procurador-Geral, ele deveria ter requerido a imediata
suspensão da tramitação do processo do mensalão e ampliar as investigações. Por
que suspender a tramitação do processo? Porque, segundo o ex-prefeito, a fita
de vídeo com imagens em que um diretor dos
Correios, Mauricio Marinho, recebendo propina (imagens divulgadas pela revista
Veja e reproduzidas no jornal nacional) e a fita com imagens de Waldomiro Diniz
foram “armação” e tinha por objetivo criar instabilidade institucional e
atingir o governo Lula e o Chefe da Casa Civil do, José Dirceu. Uma tentativa
de golpe institucional?
Bem, o ex-prefeito de Anápolis-GO afirma ainda que
a partir daí “... esse processo
todo foi criado [o mensalão]. E não foi o mensalão aquela ideia de que a gente
tem do mensalão de que todos os deputados receberam todos os meses. Tanto é que
isso não aconteceu. Tivemos um ou outro, enfim… Mas pegaram ícones para que
pudessem pegar o governo logo em seu início e enfraquecê-lo.” Um
golpe?
E diante dessas afirmações do ex-prefeito o
que fez o procurador-geral Gurgel? Nada. Nada que eu saiba, absolutamente
nada... Mas a parte podre da imprensa e da classe política, a parte que protege
o Demóstenes, apoiou o Serra e ainda acredita nas teses neoliberais (quando até
Angela Merkel passou a defender o crescimento econômico para vencer a crise),
passou a cobrar rapidez no julgamento de um processo que pode ser no seu todo
um factóide... Que posição ética, democrática e republicana, não é?
Por isso tudo (ressalvando que não tenho nenhuma divergência quanto à necessária investigação e condenação de culpados em malfeitos)
reafirmo a minha divergência quanto ao método de espetacularizar circunstâncias
e condenar previamente aqueles que são, em principio e por principio, inocentes
e gostaria que o “por enquanto” Procurador-Geral Gurgel prestasse contas de seus
atos e omissões à sociedade, bem como se mantivesse calado ao invés de fazer
esse papel de miliciano dos golpistas, contraventores e quetais.
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