Como em 2002, quando a esperança venceu o medo, agora a verdade venceu a mentira e a Mineira Dilma Rousseff, que escolheu o Rio Grande do Sul para recomeçar a sua vida depois de sua luta heróica contra a ditadura militar, venceu as eleições.
Dilma é a 40ª. Presidente do Brasil, a primeira mulher eleita para a Presidência da República no Brasil e a 11ª. da America do Sul, ela foi eleita embalada no prestigio do Presidente Lula, e pela vontade popular que reconheceu nela alguém capaz de dar continuidade e aprofundar as Políticas Sociais em curso dando a elas caráter de Política de Estado com responsabilidade fiscal, social, política e, fundamentalmente com respeito à Democracia, essa a maior conquista da sociedade brasileira.
E ouvi-la ontem agradecendo ao povo brasileiro pela alegria da vitória e estendendo a mão à oposição foi um momento rico em revelações do acerto do voto da maioria da população brasileira.
Dilma falou em igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, reafirmou a necessidade de valorização da democracia em “toda sua dimensão”, com destaque à paz social, à liberdade de imprensa, à liberdade religiosa, ao respeito à Constituição Federal, combate à fome, luta pela inclusão social, através da erradicação da miséria e pediu ajuda de todos os partidos para que a reforma política valorize os valores republicanos.
E deu um recado “não haverá compromisso com o erro, o desvio e o mau feito”, avisou que será rígida com o interesse público.
A nossa Mineira Presidente afirmou que fará todos os esforços no sentido de melhorar os gastos públicos, pois o povo não aceita a inflação como solução irresponsável para solução da economia.
Afirmou corretamente que o povo não aceita gastos irresponsáveis, mas alertou que os programas sociais e os investimentos seguirão em busca de desenvolvimento econômico e social, com respeito ao meio ambiente, por exemplo.
E Dilma sabe como: através das políticas sociais, através da geração de riqueza.
Penso que as políticas sociais de transferência de renda, segurança alimentar, combate à pobreza e a ampliação de canais de participação popular, ao lado de uma política de necessário investimento do Estado em obras de infra-estrutura e no setor produtivo foram marcas do governo Lula e seu legado ao governo Dilma, tudo com responsabilidade fiscal e social.
Acredito como o Professor Theotônio Costa , que o “plano real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro.” e que no governo FHC “A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo...” um tempo em que o real foi uma moeda aviltada e a população iludida criminosamente, um período e que se mantinha artificialmente valorizado o real para depois desvalorizá-lo violentamente, por isso também a responsabilidade da futura Presidente é enorme, afinal o Governo Lula manteve com genuína responsabilidade a estabilidade econômica e o fez com inegável responsabilidade fiscal e com um viés que encantou o mundo: a responsabilidade social.
A futura Presidente participou de um governo que reverteu uma situação caótica herdada do governo FHC, ela começará seu trabalho com reservas cambiais e com o chamado risco Brasil em condições fantásticas.
O setor exportador brasileiro, mesmo com a espetacular desvalorização do real não conseguia recursos em dólar para pagar a dívida, por quê? Porque FHC e o pessoal da neo-UDN, aliado à sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, ligava nossas exportações a uma economia decadente, e 2008 mostrou isso ao mundo.
Lula retomou a promoção de uma política industrial de Estado, na qual o setor produtivo passou a saber que há políticas públicas confiáveis de apoio e orientadora das nossas exportações.
O Estado voltou a realizar investimentos em obras de infra-estatura, geradora de trabalho, emprego e renda, o Governo Lula fez isso mesmo sem poder contar com os enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras pelo governo anterior, valor que teria sido usado para “diminuir” uma dívida pública que nos anos FHC inexplicavelmente saiu de 60 bilhões para 850 bilhões de dólares . Muito triste lembrança aquele tempo em que os neo-liberais e os neo-udenistas, disfarçados de social-democratas e de democratas, davam as cartas.
Dilma falou também na necessidade de qualificar o desenvolvimento econômico e que isso envolverá trabalhadores e empresários, exatamente como prevê a constituição federal , declarou que lutara pelo fim da guerra cambial que ocorre no mundo e que investimentos e investidores são bem-vindos, mas que o Brasil continuará atuando fortemente nos fóruns internacionais para que o capital seja uma força verdadeiramente do bem e responsável e não de poucos.
Estou otimista,pois conheço a sabedoria das mulheres na condução justa e generosa de suas famílias e penso que num Brasil de irmãos era o momento de uma mulher nos trazer a visão sua visão de mundo.
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