Muito lúcida a posição da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, que defendeu mandato para ministro da mais alta Corte de Justiça do país com tempo de permanência: 9 a 12 anos. Ela teria defendido essa idéia no evento denominado Diálogos com o Supremo, na FGV Direito Rio recentemente.
Bem humorada a Ministra afirmou: “A pessoa passa a ser chamada de excelência todos os dias. Daqui a pouco, começa a acreditar que é mesmo”, a platéia repleta de juízes, desembargadores, professores e estudantes da escola de Direito da FGV saíram com a “pulga atrás da orelha”.
Outra afirmação interessante da Ministra: “O Supremo não é local de magistrado de carreira porque é cúpula de Poder e exerce papel político”, afirmou sem hesitar. E completou dizendo que até o Superior Tribunal de Justiça, é possível a existência de cotas de representantes de tribunais, de advogados e procuradores, mas no STF não, pois a natureza Política do Supremo deve ser sempre observada e respeitada.
Num dado momento a Ministra afirma que o bom juiz tem de ter muita disciplina, autocontrole e compaixão. E que o juiz deve escrever para que as pessoas entendam.
Muitos dos bons Juizes da nossa região deveriam refletir sobre essa ultima afirmação da Ministra: compaixão, disciplina e autocontrole, especialmente a primeira, têm faltado num tempo em que a burocracia e as estatísticas parecem dominar as preocupações dos magistrados ao invés do compromisso com o Direito e com a Justiça
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