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Enquanto em Brasilia o PSDB prega moralidade no Rio Grande do Sul campeia a improbidade...


05 de agosto de 2009 • 19h41 • atualizado às 19h41 - Fabiana Leal
Direto de Porto Alegre

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3909107-EI7896,00-Tres+deputados+do+PDT+assinam+pedido+de+CPI+contra+Yeda.html

O presidente estadual do PDT, Ronildo Bolzan Júnior, afirmou que três deputados da legenda assinaram nesta quarta-feira o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB). Com isso, o número de assinaturas subiu de 17 para 20, uma a mais do que o necessário para a instalação da comissão. A coleta de assinatura iniciou em 12 de maio, apresentada pela deputada Stela Farias (PT).

O diretório do PDT já havia se posicionado favorável à CPI, e recomendou que os deputados Giovani Cherini, Kalil Sehbe e Gerson Burmann assinassem o documento. Porém, na época, eles alegaram que iriam esperar a apresentação de novas provas e que o MPF se manifestasse, como ocorreu hoje.
"Todos foram coerentes e já assinaram, conforme o partido recomendava. Mas respeitamos a posição dos deputados. O partido foi unânime na posição e eles (parlamentares) cumpriram com o discurso", disse Bolzan Júnior. Os deputados Adroaldo Loureiro, Gilmar Sossella e Paulo Azeredo já haviam assinado o requerimento.

Ação de improbidadeO Ministério Público Federal ajuizou, nesta tarde, ação de improbidade odministrativa contra a governadora e outras oito pessoas - José Otávio Germano (deputado federal do PP), João Luiz Vargas (presidente do Tribunal de Contas do Estado), Luiz Fernando Záchia (deputado estadual do PMDB), Frederico Antunes (deputado estadual do PP), Deslon Martini (ex-secretário-geral do governo), Walna Menezes (assessora de Yeda), Rubens Bordini (tesoureiro da campanha da governadora e vice-presidente do Banrisul) e Carlos Augusto Crusius.

Segundo o MPF, alguns são operadores, outros beneficiários e outros intermediavam a entrega dos bens no esquema. Os procuradores pediram o afastamento temporário dos agentes públicos de seus cargos enquanto durar o processo. Foi solicitada ainda a indisponibilidade dos bens em caráter liminar.
O processo é resultante de um desdobramento da Operação Rodin, que apura o desvio de verbas envolvendo o Detran-RS, a Universidade Federal de Santa Maria e fundações de apoio. Eles foram denunciados por enriquecimento ilícito e dano ao erário. A ação foi ajuizada na 3ª Vara federal de Santa Maria, município na região central do Estado.

O chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, afirmou nesta tarde que a governadora reagiu com serenidade e tranquilidade. Ela está no município de Canela, na serra gaúcha. Wenzel afirmou que o desejo do governo é que seja derrubado o sigilo do processo, como pediu o MPF, para saber o que pesa para cada um dos réus.

Redação Terra Postado em:

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