Tenho a impressão que este ano a imprensa brasileira, de uma maneira geral (em especial os canais de TV por assinatura ESPN BRASIL e SPORTV), decidiu negar a magia, a história, à tradição e a paixão dos campeonatos estaduais e desqualificá-los de forma absolutamente infundada.
É verdade que este ano os times do interior de São Paulo não chegaram à semifinal ou à final do “Paulistão”, mas isso não retira da população de cada uma das cidades do Estado de São Paulo o direito à paixão pelo seu time, sua história e conquistas, por mais modestas e insignificantes que possam parecer, quando observadas pela lógica das elites. Essa lógica teima em transformar o futebol, verdadeira manifestação cultural, em simples produto de consumo submetendo tudo à lógica da eficiência e do lucro.
A idéia difundida pela imprensa (provavelmente a serviço dos interesses econômicos e corporativos) de que os campeonatos estaduais deveriam ser extintos ou deles fazer parte apenas os times grandes segue a lógica da “Teoria das Elites”.
Todos sabem que a teoria das elites surgiu no final do século 19 tendo como fundador o filósofo e pensador político italiano, Gaetano Mosca (1858-1941). Em seu livro "Elementi di Scienza Política" (1896), Mosca estabeleceu os pressupostos do elitismo ao salientar que em toda sociedade, seja ela arcaica, antiga ou moderna, existe sempre uma minoria que é detentora do poder em detrimento de uma maioria que dele está privado.
É isso que alguns jornalistas estão pregando? Estará a imprensa esportiva defendendo o poder da minoria em detrimento da maioria? Ou seja, por essa lógica – que vem sendo irrefletidamente repetida como verdade – um restrito grupo de clubes de futebol teriam mais direitos que outros e seriam eles os clubes uma espécie de classe dirigente. Ridículo!
Na teoria das elites a sociedade é dividida em dois grupos: os governantes e os governados. Os governantes são menos numerosos, monopolizam o poder e impõem sua vontade valendo-se de métodos legítimos ou arbitrários e violentos ao restante da sociedade. No mundo do futebol teríamos qual critério para definir os “governantes e os governados”? Provavelmente os aspectos econômicos exclusivamente seriam observados ou o potencial que cada time tem em gerar lucro nos vários quadrantes do mundo corporativo.
Estive em Lins, SP a trabalho algumas vezes esse ano e pude testemunhar o orgulho da população local com a boa campanha do CLUBE ATLETICO LINENSE, fundado em 1.927 e que honesta e organizadamente disputa a Série A2, talvez o LINENSE não obtenha o acesso à Série A1, mas e daí? Isso por acaso diminui o valor do trabalho lá realizado, as paixões que desperta e os valores significativos que mantém e amplia? Por que somos obrigados a consumir o inadimplente Flamengo, ou os exóticos Real Madri, Milan ou Manchester? Só por que são mais lucrativos aos interesses econômicos e corporativos?
O futebol como manifestação cultural que é contém uma contradição inconciliável com a lógica do lucro, da eficiência e da “corporativização” dos clubes, por isso à imprensa cabe refletir a quem serve e na qualidade de bacharel em comunicação social, não esquecer que no seu juramento prometeu buscar seus ideais, seguindo a meta de trabalho comunicar com ética, honestidade e responsabilidade, não esquecer o compromisso de promover a aproximação entre as pessoas para que possam compreender o sentido da comunicação na sociedade e na humanidade.
É verdade que este ano os times do interior de São Paulo não chegaram à semifinal ou à final do “Paulistão”, mas isso não retira da população de cada uma das cidades do Estado de São Paulo o direito à paixão pelo seu time, sua história e conquistas, por mais modestas e insignificantes que possam parecer, quando observadas pela lógica das elites. Essa lógica teima em transformar o futebol, verdadeira manifestação cultural, em simples produto de consumo submetendo tudo à lógica da eficiência e do lucro.
A idéia difundida pela imprensa (provavelmente a serviço dos interesses econômicos e corporativos) de que os campeonatos estaduais deveriam ser extintos ou deles fazer parte apenas os times grandes segue a lógica da “Teoria das Elites”.
Todos sabem que a teoria das elites surgiu no final do século 19 tendo como fundador o filósofo e pensador político italiano, Gaetano Mosca (1858-1941). Em seu livro "Elementi di Scienza Política" (1896), Mosca estabeleceu os pressupostos do elitismo ao salientar que em toda sociedade, seja ela arcaica, antiga ou moderna, existe sempre uma minoria que é detentora do poder em detrimento de uma maioria que dele está privado.
É isso que alguns jornalistas estão pregando? Estará a imprensa esportiva defendendo o poder da minoria em detrimento da maioria? Ou seja, por essa lógica – que vem sendo irrefletidamente repetida como verdade – um restrito grupo de clubes de futebol teriam mais direitos que outros e seriam eles os clubes uma espécie de classe dirigente. Ridículo!
Na teoria das elites a sociedade é dividida em dois grupos: os governantes e os governados. Os governantes são menos numerosos, monopolizam o poder e impõem sua vontade valendo-se de métodos legítimos ou arbitrários e violentos ao restante da sociedade. No mundo do futebol teríamos qual critério para definir os “governantes e os governados”? Provavelmente os aspectos econômicos exclusivamente seriam observados ou o potencial que cada time tem em gerar lucro nos vários quadrantes do mundo corporativo.
Estive em Lins, SP a trabalho algumas vezes esse ano e pude testemunhar o orgulho da população local com a boa campanha do CLUBE ATLETICO LINENSE, fundado em 1.927 e que honesta e organizadamente disputa a Série A2, talvez o LINENSE não obtenha o acesso à Série A1, mas e daí? Isso por acaso diminui o valor do trabalho lá realizado, as paixões que desperta e os valores significativos que mantém e amplia? Por que somos obrigados a consumir o inadimplente Flamengo, ou os exóticos Real Madri, Milan ou Manchester? Só por que são mais lucrativos aos interesses econômicos e corporativos?
O futebol como manifestação cultural que é contém uma contradição inconciliável com a lógica do lucro, da eficiência e da “corporativização” dos clubes, por isso à imprensa cabe refletir a quem serve e na qualidade de bacharel em comunicação social, não esquecer que no seu juramento prometeu buscar seus ideais, seguindo a meta de trabalho comunicar com ética, honestidade e responsabilidade, não esquecer o compromisso de promover a aproximação entre as pessoas para que possam compreender o sentido da comunicação na sociedade e na humanidade.
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