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FHC e Serra Capo di tutti i capi?


FHC e Serra são capo di tutti i capi da mais odiosa quadrilha que se tem notícia na história recente do país. Vejam esse exemplo: o governo de São Paulo vendeu a COSIPA por 300 milhões de reais, mas antes de vender assumiu uma dívida da Cosipa no valor de 1,5 bilhão de reais (ou seja, transferiu para o povo de São Paulo um passivo enorme). Esse fato tem mais de 15 anos.... Trazendo a valor presente esses senhores deram um prejuízo ao povo paulista superior a 4 bilhões de reais.

E não é só. Eles concordaram em adiar a cobrança de 400 milhões de reais do ICMS em atraso, não sei se a COSIPA pagou.

Esso é roubo sem precedentes na história.  

Essa é a herança desses bandidos, da quadrilha de FHC e de Serra. Por que o MP, a Imprensa, e os arautos do combate a corrupção não ficam indignados? Uma pergunta sem resposta publicável.

Outro exemplo? Ao privatizar o Banerj o governo do PSDB arrecadou, em tese, 300 milhões, mas como assumiu o dever de pagar indenizações aos funcionários que demitiu antes da privatização teve de tomar emprestado em bancos 3,3 bilhões, ou seja, prejuízo de 3 bilhões de reais...

Um dos argumentos da privatização era "as estatais sempre dão prejuízos, tiram dinheiro da saúde e educação...". Essa é uma falsa afirmação. Por que? Porque os governos anteriores ao PSDB usavam o controle de preços e tarifas para controlar a inflação, ou pressão inflacionaria, ou seja, as estatais tinham prejuízos ou baixos lucros e acumulavam dividas para sustentar uma Política de controle da inflação, não porque fossem necessariamente incompetentes.

Merece registro o fato de ANTES de todas as privatizações o governo tucano de FHC promoveu aumentos de tarifas em todos os setores. Houve aumento que chegou a 500% no preço das tarifas, "gente boa", ou melhor, "gente do bem" esse pessoal da quadrilha do FHC...

Há no finado jornal Gazeta Mercantil de 17/11/1998 uma matéria assinada pela jornalista Maria Christina de Carvalho que descreve outra das muitas bondades da quadrilha de FHC com os "compradores" de estatais... Os compradores do Banco Meridional, por exemplo, puderam apropriar-se do prejuízo tributário/fiscal do banco e deduzir do IR a pagar ao fisco. Quem pagou o banco para os adquirentes foi o povo brasileiro.

Com essa "bondade" do preço combinado da venda 267 milhões o comprador só precisou pagar 37 milhões, o restante ele compensou ou aderiu ao REFIS, para pagar em 30 anos.

E que fique claro: eu não critico o PSDB como um todo, mas a quadrilha liderada por FHC e Serra que assaltou o país, com apoio de setores da mídia e dos maus empresários desse país, tendo como operador e "príncipe" Daniel Dantas, cuja irmã se tornaria sócia da filha do Serra (que tinha 28 anos à época) num Fundo que administra mais de 50 bilhões de dólares.

Pedro Malan escreveu numa tal "Carta de Intenções", entregue ao FMI em 1999, o seguinte: "...o Brasil vive um momento de desequilíbrio das contas do Tesouro, porque o governo deixou de contar com os lucros que as estatais ofereciam como contribuição para cobrir o rombo até serem vendidas...", essa é a verdade. Não precisamos falar mais nada diante da confissão, certo?

Havia outro caminho para o governo FHC seguir? Eles diziam que não, mas mesmo na lógica neoliberal FHC e sua quadrilha poderiam optar pelo modelo inglês, por exemplo. Margareth Thatcher ao privatizar não privilegiou "poucos grupos empresariais", como FHC e Serra. O governo inglês de direita pulverizou as ações das empresas de tal sorte que um enorme número de cidadãos ingleses tornou-se dono de ações.

Itamar Franco havia criado o conceito de "moedas sociais" (FGTS, PIS/Pasep) que seriam aceitas na compra de ações de empresas estatais, mas FHC e sua quadrilha abandonaram o conceito para alegria dos grupos empresariais. Essa é a verdade.

A Política de privatização de FHC fracassou.  Por que?  Porque prometia significar e criar "novos motores para a economia", reduzir a dívida pública, etc., mas o que se vê são importações explosivas o que amplia o rombo da balança comercial e compromete o balanço de pagamentos.

 Além disso os sócios estrangeiros das empresas privatizadas passaram a fazer maciças remessas para o exterior a título de: "... lucros, dividendos, juros, pagamento de "assistência técnica", "compra de tecnologia", etc.

Há um dado escandaloso: "em marco de 1999, a Telefônica, compradora da Telesp..., não convidou uma única empresa brasileira fabricante de peças e equipamentos para disputar encomendas".

 Entre 1993 e 1998 as compras NO EXTERIOR do setor de telecomunicações aumentou 1000% com significativo impacto na balança comercial.

O modelo de privatização foi tão criminosamente medonho que há outro dado (números de 1998): a) remessa de dólares de empresas para suas matrizes no exterior antes da privatização: 600 a 700 milhões por ano; b) após a privatização: 7,8 bilhões de dólares por ano de riqueza produzida no Brasil e enviada pela o exterior.

Segundo o jornalista Aloysio Biondi, vencedor de dois Prêmios Esso de Jornalismo Econômico, tendo sido editor de economia da Veja, Visão, Diretor de Redação do Jornal do Comercio e do DCI e secretário de redação da FOLHA e da Gazeta Mercantil: "... a Política de privatizações acabou por ser um dos fatores da recessão, por diversos caminhos. As importações maciças realizadas pelos "compradores" tiveram um efeito mais devastador do que parecia à primeira vista. A compra de peças e componentes no exterior, em substituição à produção local, significou cortes na utilização também das matérias primas, como plástico, borracha, metais, devastando setores inteiros, fechando fabricas, cortando empregos - isto é, puxando a economia do país para o fosso. (...)".


Esses são apenas alguns exemplos e tudo isso merece reflexão de todos. E deve ser por isso que um dos fundadores do PSDB, o ex-ministro do governo FHC, o cientista político Luiz Carlos Bresser-Pereira anunciou seu voto na presidente Dilma Rousseff, afirmando que Dilma é quem melhor atende aos critérios que ele adota para escolher um candidato: (a) estar comprometido com os interesses dos pobres, e (b) quão capaz será ele e os partidos políticos que o apoiam de atender a esses interesses, promovendo o desenvolvimento econômico e a diminuição da desigualdade".

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