"A dificuldade de condensar num filme uma vida na qual o desenrolar do pensamento tem importância constitutiva que levou Von Trotta a mudar o plano original. Optou por fazer um recorte e escolheu um período da vida de Arendt caracterizado pelas confrontações suscitadas por seu livro Eichmann em Jerusalém - um relato sobre a banalidade do mal (1963-1965). No seu entender, a confrontação prestava-se a dar foco, permitindo traduzir em linguagem cinematográfica quem foi Arendt ", escreve Celso Lafer , professor emérito do Instituto de Relações Internacionais da USP , em artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo , 21-07-2013. Eis o artigo: Fui assistir ao filme sobre Hannah Arendt , da diretora Margarethe von Trotta , com a sempre presente dedicação de estudioso da obra da grande pensadora e com a curiosidade de ver, como antigo aluno, como ela foi, ao mesmo tempo, representada e apresenta...
Pedro Benedito Maciel Neto