Assisti duas vezes essa semana o documentário Capitalism: A Love Story do diretor Michel Moore. Por que duas vezes? Porque o documentário, que se propõe a discutir as razões para colapso do sistema financeiro capitalista mundial, a partir dos EUA, responde a muitas perguntas, de forma pertinente.
Penso que todos aqueles que defendem como desnecessária a regulação da economia pelo Estado deveriam assistir pelo menos umas dez vezes.
O documentario trata da política fiscal da administração Reagan (1981/89) e seus efeitos de médio e longo prazo e deixa claro que não apenas o sistema financeiro ganha, e muito, com a falta de regulação do Estado, mas a população perde muito.
A falta de regulação do Estado foi, segundo Michel Moore, o que possibilitou que as operações do sistema financeiro se tornassem muito complexas (derivativos, subprime, etc) e foi ela que deu carta branca para as grandes corporações, especialmente os bancos, lucrarem à custa do interesse público e da boa-fé o povo americano.
O documentário revela que todos aqueles que defendem o “Estado mínimo” e “marcos regulatórios simples e flexiveis” estão na realidade defendendo interesses corporativos os quais colidem com qualquer projeto de desenvolvimento econômico e humano com caracteristicas de sustentabilidade.
Depois de assistir o documentário tive certeza do apoio de Marina a Dilma nesse segundo turno das eleições presidenciais no Brasil.
Por que? Porque Marina não é cooptável, sabe que o governo Lula avançou muito em muitas áreas e que ela e o novo PV que haverá de surgir depois das eleições somente terão voz e vez com a vitória de Dilma e não com a vitória de Serra.
Por isso, e muito mais, ela não se deixará seduzir pelos neo-ecologistas do DEM e do PSDB que tanto a criticaram quando era ministra e também porque a distância entre a visão de mundo e as práticas de Marina são imensas quando as comparamos à UDN nacional que Serra representa sem constrangimento.
Há outros aspectos. Em 19 de agosto de 2009, por exemplo, quando Marina Silva anunciou sua desfiliação do PT fez questão de afirmar “…não se trata de desconstruir os frutos colhidos durante tantos anos com tantos trabalhos nas searas que plantamos dentro do Partido dos Trabalhadores…”, ou seja, não negou sua história, nem os avanços significativos do governo do qual ela foi uma das protagonistas.
Mas alguns dirão, dentre outras coisas, que Marina e Dilma são inimigas, que brigaram, etc e tal. Não penso assim, pois são duas grandes mulheres, duas grandes brasileiras que defendem suas posições com firmeza, e isso é positivo.
Bem, conheci Marina Silva em Brasilia em 2002 no inicio da cerimônia de filiação do então Senador Roberto Saturnino que naquele momento deixava PSB e filiava-se ao PT (por discordar da candidatura de Antony Garotinho à Presidência da República pelo PSB).
Como Marina estava, se não me engano, na apresentação do documentário de Lucélia Santos chamado “Timor Leste – O massacre que o mundo não viu” que aconteceu próprio Senado ela surgiu apressadamente para o inicio da cerimônia com um lindo e iluminado sorriso no rosto, transbordando generosidade. Ela recebeu como cumprimento um sorriso especialmente carinhoso do então candidato Lula, o qual estava sentado ao lado do seu futuro vice-presidente José Alencar e do Senador Roberto Saturnino.
Quem nos apresentou foi o então Deputado Luciano Zica, hoje no PV, conversamos um pouco, mas posso dizer que alguém com a luz interior de Marina não será capaz de negar sua propria história e alinhar-se àqueles que, como no documentario de Michel Moore, pretendem destruir o Estado e as conquistas da sociedade.
Sendo assim o conflito pretérito entre as ex-ministras Marina e Dilma não é impedimento substancial, até porque ele teve natureza de forma e não de mérito.
Tanto isso é verdade que a própria, que Marina Silva participou do atual governo por seis anos e meio, ao sair do governo e do PT não fez criticas substanciais nem ao governo em ao PT, e afirmou que sua decisão “… trata-se tão somente da disposiçao de, junto com outros homens e mulheres semear em outras searas.”
E como o também ex-Ministro Gilberto Gil escreveu lindamente: “(…) o amor da gente é como um grão /Uma semente de ilusão / Tem que morrer pra germinar/ Plantar n’algum lugar / Ressuscitar no chão nossa semeadura / Quem poderá fazer, aquele amor morrer/ Nossa caminha dura / Dura caminhada, pela estrada escura/ (…)”.
http://www.cartacapital.com.br/politica/%E2%80%9Ccapitalism-a-love-story%E2%80%9D-e-o-apoio-de-marina-a-dilma
Penso que todos aqueles que defendem como desnecessária a regulação da economia pelo Estado deveriam assistir pelo menos umas dez vezes.
O documentario trata da política fiscal da administração Reagan (1981/89) e seus efeitos de médio e longo prazo e deixa claro que não apenas o sistema financeiro ganha, e muito, com a falta de regulação do Estado, mas a população perde muito.
A falta de regulação do Estado foi, segundo Michel Moore, o que possibilitou que as operações do sistema financeiro se tornassem muito complexas (derivativos, subprime, etc) e foi ela que deu carta branca para as grandes corporações, especialmente os bancos, lucrarem à custa do interesse público e da boa-fé o povo americano.
O documentário revela que todos aqueles que defendem o “Estado mínimo” e “marcos regulatórios simples e flexiveis” estão na realidade defendendo interesses corporativos os quais colidem com qualquer projeto de desenvolvimento econômico e humano com caracteristicas de sustentabilidade.
Depois de assistir o documentário tive certeza do apoio de Marina a Dilma nesse segundo turno das eleições presidenciais no Brasil.
Por que? Porque Marina não é cooptável, sabe que o governo Lula avançou muito em muitas áreas e que ela e o novo PV que haverá de surgir depois das eleições somente terão voz e vez com a vitória de Dilma e não com a vitória de Serra.
Por isso, e muito mais, ela não se deixará seduzir pelos neo-ecologistas do DEM e do PSDB que tanto a criticaram quando era ministra e também porque a distância entre a visão de mundo e as práticas de Marina são imensas quando as comparamos à UDN nacional que Serra representa sem constrangimento.
Há outros aspectos. Em 19 de agosto de 2009, por exemplo, quando Marina Silva anunciou sua desfiliação do PT fez questão de afirmar “…não se trata de desconstruir os frutos colhidos durante tantos anos com tantos trabalhos nas searas que plantamos dentro do Partido dos Trabalhadores…”, ou seja, não negou sua história, nem os avanços significativos do governo do qual ela foi uma das protagonistas.
Mas alguns dirão, dentre outras coisas, que Marina e Dilma são inimigas, que brigaram, etc e tal. Não penso assim, pois são duas grandes mulheres, duas grandes brasileiras que defendem suas posições com firmeza, e isso é positivo.
Bem, conheci Marina Silva em Brasilia em 2002 no inicio da cerimônia de filiação do então Senador Roberto Saturnino que naquele momento deixava PSB e filiava-se ao PT (por discordar da candidatura de Antony Garotinho à Presidência da República pelo PSB).
Como Marina estava, se não me engano, na apresentação do documentário de Lucélia Santos chamado “Timor Leste – O massacre que o mundo não viu” que aconteceu próprio Senado ela surgiu apressadamente para o inicio da cerimônia com um lindo e iluminado sorriso no rosto, transbordando generosidade. Ela recebeu como cumprimento um sorriso especialmente carinhoso do então candidato Lula, o qual estava sentado ao lado do seu futuro vice-presidente José Alencar e do Senador Roberto Saturnino.
Quem nos apresentou foi o então Deputado Luciano Zica, hoje no PV, conversamos um pouco, mas posso dizer que alguém com a luz interior de Marina não será capaz de negar sua propria história e alinhar-se àqueles que, como no documentario de Michel Moore, pretendem destruir o Estado e as conquistas da sociedade.
Sendo assim o conflito pretérito entre as ex-ministras Marina e Dilma não é impedimento substancial, até porque ele teve natureza de forma e não de mérito.
Tanto isso é verdade que a própria, que Marina Silva participou do atual governo por seis anos e meio, ao sair do governo e do PT não fez criticas substanciais nem ao governo em ao PT, e afirmou que sua decisão “… trata-se tão somente da disposiçao de, junto com outros homens e mulheres semear em outras searas.”
E como o também ex-Ministro Gilberto Gil escreveu lindamente: “(…) o amor da gente é como um grão /Uma semente de ilusão / Tem que morrer pra germinar/ Plantar n’algum lugar / Ressuscitar no chão nossa semeadura / Quem poderá fazer, aquele amor morrer/ Nossa caminha dura / Dura caminhada, pela estrada escura/ (…)”.
http://www.cartacapital.com.br/politica/%E2%80%9Ccapitalism-a-love-story%E2%80%9D-e-o-apoio-de-marina-a-dilma
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